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7% das famílias do PI não terão condições de pagar dívidas em 2014

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Quatro em cada 10 brasileiros endividados admitem que não vão pagar suas dívidas nos próximos três meses. Esse é um dados da pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgada este mês, que contabilizou, aproximadamente, 50 milhões de brasileiros endividados. O estudo reforça o cenário apontado no início deste ano pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em parceria com a Fecomércio Piauí de que, em 2014, pelo menos 6,9% das famílias em Teresina não terão condições de pagar as contas ou dívidas em atraso. No entanto, especialistas alertam que uma renegociação pode trazer boas vantagens ao consumidor, como reduzir os juros e o tamanho das prestações.

Segundo o estudo do SPC, 45% dos consumidores não tentam renegociar a dívida com o credor porque consideram o valor da cobrança abusivo. Contudo, eles também esquecem que o recálculo pode trazer vantagens e evitar a inclusão de seu nome no cadastro negativo.

De acordo com a advogada Marcia Baião, como a renegociação considera fundamentalmente a capacidade individual de endividamento, o recálculo dispensa juros exagerados e taxas indevidas, entre outras cobranças abusivas. 

“Dessa maneira é possível se chegar ao real valor da dívida, e, a partir daí, propõe-se uma ação incluindo depósito do valor integral ou parcelado de acordo com as possibilidades do consumidor. Assim, se o devedor conhece sua conhece sua real capacidade de pagamento, ele não corre o risco de ficar inadimplente mais uma vez”, explica a advogada.

Márcia Baião destaca que o erro mais comum do consumidor é simplesmente aceitar o valor proposto pelo credor por receio ter o nome “sujo”, incluído no SPC, ou por desconhecimento dos seus direitos básicos.  

“Isso leva muitas pessoas a assumirem dívidas com parcelas que não podem pagar e continuar na inadimplência.  Por isso, conhecer os seus direitos ou buscar a ajuda de um especialista é importante para que o consumidor possa analisar as possibilidades de acordo que lhe forem mais favoráveis e decidir se aceita ou não a contraproposta do credor”, ressalta.  

O ideal é que o consumidor assuma dívidas com valores pequenos, ainda que o número de parcelas seja maior. Eliminar despesas desnecessárias e mudar os hábitos de gastos de toda a família, prezando pela educação financeira, ainda são alguns dos conselhos mais apontados por especialistas.

Da Redação
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