A irmã do babalorixá Oscar de Oxalá, Carmen Lúcia, acompanha o velório do religioso que acontece na funerária Pax União na avenida Miguel Rosa. Ela declarou ao CidadeVerde.com que nos últimos dias, o pai-de-santo comportava-se de forma diferente do habitual, como se estivesse prevendo a sua morte, que ocorreu no último domingo (18). 

 

 

“Ele estava mais próximo da família e parecia que queria se despedir. Acho que ele sabia o que ia acontecer, mas não falou pra ninguém”, afirmou. Carmen disse ainda que como Oscar era reservado, não falou à família se estava com algum problema. O babalorixá deixou a mãe de 82 anos e 14 irmãos.

Crime
A família achou estranha a forma de como aconteceu o assassinato de Oscar, mas diz acreditar no trabalho da polícia. “Foi muito rápido o desvendamento do crime. A gente ainda precisa ter uma explicação do porquê isso aconteceu. A forma como ele foi assassinado foi muito violenta”, declarou Carmen Lúcia. 

Ela disse ainda que a cunhada foi a primeira pessoa a encontrar o corpo. “Quando ela abriu a porta da garagem viu os pés de uma pessoa e saiu correndo para pedir ajuda. Era uma cena horrível, sangue para todos os lados. Ele estava todo machucado com o crânio quebrado. Foi muito violento”, descreve.

Segundo Carmen, pelo rastro de sangue no quarto, a briga teria começado no andar de cima do imóvel, onde fica a sala e o quarto de Oscar. Ele chegou a descer as escadas e foi morto na garagem. Uma pá que teria sido utilizada na agressão estava neste cômodo.

 

 

Ritos
Um grupo de dez pessoas vindas da Bahia está sendo esperado para realizar os rituais do Candomblé relacionados à morte do pai-de-santo. Os religiosos devem chegar por volta da meia-noite de hoje e o ritual deve acontecer na casa de Oscar de Oxalá e no cemitério. “Não sabemos detalhes de como será feito, mas ele era querido por muita gente. Será um lindo ato”, declarou Carmen Lúcia. 

 

Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho
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