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Ácido Retinoico: saiba mais sobre mitos e verdades

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Atualmente, fala-se muito sobre compostos – descobertos nos últimos anos – para diminuir rugas e, de forma geral, deixar a pele da mulher mais bonita. Mas é verdade que poucos se destacam como o ácido retinoico, considerado uma arma poderosa no combate ao envelhecimento facial.

De acordo com Sara Bragança, médica pós-graduada em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, o ácido retinoico, também conhecido como Vitamina A ácida ou tretinoína, é um dos ativos que mais possuem estudos quanto à sua eficácia no rejuvenescimento cutâneo. “Com ele, a pele fica mais lisa, firme e com menos manchas e rugas”, destaca.

A médica explica que o ácido retinoico é bastante utilizado em produtos e tratamentos despigmentantes, estrias, acne e antiaging, que buscam atuar na renovação celular. “Exatamente porque ele tem essa ação de renovação, além de estimular a formação de colágeno, reorganizar as fibras elásticas danificadas pela exposição solar e melhorar a irrigação sanguínea da pele”, diz.

Apesar de todo o sucesso, existem ainda muitas dúvidas e, até mitos, em torno do uso de produtos com ácido retinoico. Uma questão que chama bastante a atenção, por exemplo, é a possibilidade de o tratamento deixar a pele da face vermelha e mais ressecada – motivo que faz com que algumas pessoas desistam dele (até por acharem que essa pode ser uma reação alérgica).

Mas, além dessa, é importante que outras dúvidas sobre o ácido retinoico sejam esclarecidas. Confira abaixo as respostas para as dúvidas mais comuns a respeito desse ativo.

1. Ácido retinoico, retinaldeido e retinol significam a mesma coisa?

Sara Bragança explica que retinaldeido e retinol são, na verdade, derivados do ácido retinoico. Exatamente por isso surge muita dúvida em relação a esses diferentes nomes.

“O retinaldeido é o precursor direto do ácido retinoico, ou seja, quando aplicado na pele, ele se converte em ácido retinoico. Costuma ser mais tolerado e não provocar tanta irritação”, explica a médica.

O retinol também é um precursor do ácido retinoico, conforme destaca Sara, mas, antes, ele deverá ser convertido em retinaldeido e, só depois, em ácido retinoico pelas enzimas da pele. “Ele também apresenta excelente tolerabilidade e boa eficácia clínica”, acrescenta.

2. Ficar com a pele vermelha após o uso de produtos com ácido retinoico é sinal de alergia?

“Meu dermatologista me receitou, há um tempo, um creme antienvelhecimento à base de ácido retinoico. Comecei a utilizar, mas logo observei que minha pele ficou vermelha e mais ressacada. Pensei, então, em parar imediatamente o tratamento”, conta Marina Carneiro, 38 anos, vendedora.

Relatos como o de Marina reforçam que ainda existe muita dúvida sobre os produtos com ácido retinoico: os benefícios que oferecem, a maneira correta de utilizá-los, os efeitos colaterais, as contraindicações etc.

Vale ressaltar que nem sempre a sensibilidade da pele significa alergia ao ácido retinoico, já que é, de certa forma, até normal haver ressecamento, vermelhidão e descamação quando a pessoa começa a usar o produto – o que deve cessar depois de algum tempo de tratamento. Na maioria das vezes, a orientação é seguir com o uso, mas, claro, o dermatologista deve ser sempre consultado antes dessa decisão.

Sara Bragança destaca que existem produtos calmantes que ajudam a amenizar as reações dos tratamentos estéticos. “Além disso, a irritação pode ser aliviada com aplicação de água thermal e evitando-se produtos que contenham álcool em sua composição, como, por exemplo, loções tônicas”, diz.

3. Todas as pessoas podem usar produtos à base de ácido retinoico?

Essa é uma dúvida bastante comum já que a maioria das pessoas, em determinada fase da vida, busca os diversos benefícios que o ativo pode oferecer, como uma pele mais firme, lisa e sem manchas.

Sara Bragança explica que peles oleosas ou com acne e cicatrizes toleram melhor o ácido retinoico. “Já as peles mais sensíveis, ou com tendência a ressecamento, toleram melhor o retinaldeido e retinol”, diz.

A profissional destaca que o ácido retinoico e seus derivados não devem ser usados por menores de 12 anos, por pessoas que apresentam hipersensibilidade aos componentes, grávidas ou durante amamentação. “Pacientes com rosácea também devem evitar, pois os retinoides estimulam a proliferação de vasinhos e podem piorar o quadro de vermelhidão”, acrescenta.

4. Durante o tratamento com ácido retinoico a pessoa pode tomar Sol com o uso de protetor solar?

A dermatologista Sara Bragança explica que a mulher que faz algum tipo de tratamento com ácido retinoico deve evitar completamente a exposição ao Sol. “Ele é uma substância fotossensibilizante, pois deixa a pele mais fina e sensível, não tolerando a exposição solar”, diz.

5. Os produtos à base de ácido retinoico devem ser usados diariamente?

Primeiramente, é importante destacar que os produtos contendo ácido retinoico e seus derivados devem ser usados exclusivamente à noite, “com camada bem fina, evitando as regiões do pescoço e próxima aos olhos”, conforme explica a dermatologista Sara.

“De manhã, o produto deve ser retirado através de limpeza com água e sabonete e, logo em seguida, é preciso aplicar o filtro solar com fator de proteção alto (preferencialmente FPS maior ou igual a 50)”, acrescenta a médica.

Sara destaca ainda que pacientes que nunca utilizaram retinoides, ou possuem pele sensível, devem utilizar o produto em noites alternadas ou até duas vezes por semana, para conseguirem alcançar bons resultados com menos chance de irritações. “Nas noites em que o produto não é utilizado, cremes com outros princípios, como tensores, hidratantes e vitaminas, podem ser aplicados”, diz.

6. Quem usa produtos à base de ácido retinoico não pode mais depilar o buço?

A mulher que segue um tratamento à base de ácido retinoico até poderá fazer depilação no buço novamente. Mas, conforme explica Sara Bragança, quem costuma depilar com cera deve suspender sete dias antes o uso de ácidos para não ferir a pele que estará muito fininha.

7. Como posso adquirir produtos com ácido retinoico?

Um dermatologista deverá prescrever e acompanhar o tratamento que inclui ácido retinoico – que é considerado um medicamento. No caso do retinol e retinaldeído, o rigor é menor, já que eles são classificados como cosmecêuticos. Porém, a indicação e acompanhamento profissional continuam sendo superindicados.

Então, caso esteja interessada em obter os benefícios que os produtos com ácido retinoico pode oferecer, converse com seu dermatologista sobre a possibilidade. O profissional certamente passará todas as informações necessárias para que o tratamento seja um sucesso!

 

Fonte: Dicas de Mulher

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