A advogada Thaynara Riedel, defensora do produtor cultural Pablo Martins, suspeito de ter aplicado um calote no festival Planeta Brazuca, em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (18), afirmou que seu cliente não sabia da existência de problemas semelhantes em outros eventos.
“Pablo é réu primário, não tinha conhecimento de outras denúncias, tomou conhecimento ontem. Vamos tomar ciência destas outras situações e ver o que pode ser feito”, explicou. O produtor compareceu na tarde de segunda-feira (17) ao 12º DP, distrito que investiga o caso.
Riedel disse que o evento Planeta Brazuca foi cancelado por insuficiência de público e atribuiu a culpa do adiamento ao sócio de Pablo, Ítalo Alves. “O Ítalo é o responsável pelos pagamentos e o Pablo pela contratação com empresas, bandas, translado e estrutura do evento”, explicou.
Segundo a advogada, foram vendidos R$ 330 mil com ingressos e passaportes, dos quais R$ 220 mil foram usados para pagar as bandas. “Faltaram R$ 110 mil e mais R$ 250 mil para suprir as necessidades do evento”, declarou.
A defensora admitiu ainda que seu cliente pode ser preso por não ter como devolver o dinheiro arrecadado e bancar as indenizações contratuais. “O Pablo vem de família humilde, não tem nada no nome dele, nem carro, nem apartamento. Ele era ‘sustentado’ pelo Ítalo que era quem dava a estrutura da empresa, telefone, até dinheiro para o ônibus. Alguém vai ter que prestar contas, mas quem tomava conta era o Ítalo”, disse a advogada.
Carlos Lustosa Filho
[email protected]