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Agente cuida sozinho de presídio com 50 detentos em Oeiras, diz sindicato

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  • DSC01405.jpg Armas com defeito no presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01404.jpg Armas com defeito no presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01403.jpg Armas com defeito no presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01401.jpg Viatura parada por falta de combustível no presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01400.jpg Falta combustível em viatura do presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01394.jpg Viatura parada por falta de combustível no presídio de Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01391.jpg Paralisação em Picos
    Sinpoljuspi
  • DSC01388.jpg Sinpoljuspi
  • IMG-20141127-WA0003.jpg Agentes paralisados em São Raimundo Nonato
    Sinpoljuspi
  • IMG-20141126-WA0010.jpg Sinpoljuspi
  • IMG-20141125-WA0068.jpg Paralisação em Floriano
    Sinpoljuspi
  • IMG-20141125-WA0032.jpg Sinpoljuspi

Após avaliação realizada nos presídios do interior do Estado o Sindicato dos Agentes Penitenciários, Sinpoljuspi, denuncia a situação de risco em que trabalham os agentes. Em Oeiras, por exemplo, um servidor sozinho cuida da guarda dos 50 presos que vivem no local. Apenas dois agentes revezam os plantões do presídio e também aderiram a paralização. Em greve desde a última segunda-feira (24), diretor administrativo do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda avalia que a situação além de perigosa é "vexatória" para a categoria.

"Fizemos uma avaliação do inretior e encontramos situações vexatórias e  mostramos que nada muda. Em Oeiras, por exemplo, temos um presídio pequeno com 50 presos, mas apenas um agente penitenciário faz plantão no local e revesa com outro. A situação é de extremo risco, ainda mais nesse período em que os agentes estão de greve", alertou  Kleiton.

Picos

Situação de risco parecida também foi constatada na penitenciária de Picos onde há 385 presos e apenas quatro agentes de plantão. Além do baixo número de agentes, as armas dos poucos plantonistas estão com defeito, o que aumenta ainda mais o risco do trabalho. Nas imagens é possível observar armas sem conservação e falta de munição.

"É terrível, além das armas com defeito, estamos sem combustível há meses e o pouco que ainda tem é abastecido por nós mesmos, essa situação não tem como resistir", pontuou o diretor.

Floriano

A penitenciária de Floriano também fez parte da avaliação do Sinpoljuspi e lá 260 presos se dividem nas poucas celas do local. Na última semana um tumulto entre os presos obrigou os agentes a usar balas de borracha para dispersar uma briga.

Os ânimos no presídio já estavam exaltados por conta da suspensão das visitas aos presos, provocada pela paralisação dos agentes penitenciários em todo o Piauí. 

Major César

Na Colônia Agrícola Major César o principal alerta é para a falta de armamento, segundo Kleiton Holanda, não há armas com os agentes que trabalham no local e além disso uma grande quantidade de lixo se acumula nos fundos do presídio. Entre os 250 presos do local são comuns as tentativas de fuga através das cercas de arame farpado.

Sindicato reivindica

A greve que já chega a sua segunda semana foi deflagrada pelo sindicato pelo não cumprimento salarial previsto na lei orçamentária do Estado e aprovado pela Assembleia Legislativa em 2013. De acordo com o diretor, a primeira reunião de negociação não surtiu efeito entre a categoria.

"Nós exigimos o aumento de 10% que já foi aprovado e nunca foi repassado. Houve uma reunião com o secretário de Administração João Henrique, mas ele não apresentou nenhuma proposta que desse garantias que esse reajuste fosse efetuado", explicou Kleiton.

O diretor conclui que a paralisação continua por tempo indeterminado e só deve acabar caso a reivindicação seja atendida. "Estamos cobrando o governador ainda em exercício e vamos cobrar sempre até que o aumento do salário seja concedido", concluiu.

Rayldo Pereira
[email protected]

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