O deputado Evaldo Gomes (PTC), ex-aliado de Wellington Dias, cobrou providências concretas do Governo sobre os problemas de segurança do Estado. Evaldo pediu explicações do executivo estadual sobre o fechamento da Academia de Polícia de Parnaíba, sem qualquer aviso prévio ou justificativa, em um momento que os níveis de violência crescem assustadoramente em todo Piauí.
O deputado destacou que apenas nos dois primeiros meses do ano, segundo o Sindicato dos Policiais Civis, foram contabilizados 13 assassinatos de mulheres no Piauí, com destaque ao da primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide Monteiro, morta enquanto dormia. “Faço o ‘mea culpa’ junto com meus colegas deputados e especialmente deputadas. Está fazendo um mês que essa mulher foi assassinada e o principal acusado é o marido, o prefeito Zé Simão (PT). Ela sequer teve um voto de pesar dessa Casa. Está na hora de assassinos serem tratados como tal. Não importa se é um pedreiro ou um prefeito”, disse Evaldo.
Ex-aliado, o deputado sugeriu ao governador que descesse do palanque. "A hora é de o governador descer do palanque e administrar esse Estado. Ainda na transição ele anunciou a vinda da Força Nacional, o que não resolve nossos problemas, mas até agora nada. Desejo muito boa sorte ao novo secretário Fábio Abreu, mas é preciso que se faça muito mais do que o feito até agora e anunciado, porque apesar dele ter assumido hoje oficialmente, desde o início do mandato ele vem trabalhando como secretário. Em vez de fazer isso, o governador está fechando uma escola de formação de policiais que na verdade merecia ser revitalizada”, destacou Evaldo.
No seu aparte, o deputado Robert Rios (PDT) foi enfático ao cobrar que as promessas de que uma segurança melhor saia do papel e elogiou a coragem do colega ao lembrar o caso do assassinato da primeira-dama ao plenário. “O senhor mostrou que tem coragem deputado, até agora ninguém tinha tocado nesse assunto. Se o acusado fosse de qualquer outro partido que não fosse o PT, ele tinha apanhado mais que macaco pra reconhecer dinheiro. Até agora só ouvimos conversa. Nada foi feito na Segurança”, disse Robert Rios.
Da Redação
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