O piauiense Carlos Augusto Muniz Braga, 30 anos, que trabalhava como vendedor ambulante em São Paulo foi morto por um policial militar na tarde desta quinta-feira (18) na Lapa, zona Oeste da capital paulista. Ele é natural de Simplício Mendes, 416km de Teresina. Na manhã desta setxa-feira (19), camelôs e familiares fizeram uma homenagem a Carlos Braga.
O camelê foi morto durante confronto com policiais que participavam da Operação Delegada, um convênio da PM com a Prefeitura de São Paulo para fiscalizar e combater o comércio irregular na capital. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento exato em que o policial efetuou o disparo que atingiu a cabeça de Carlos Braga e o matou.
Segundo informações da esposa do ambulante, Cláudia Silva Lopes, 31 anos, a portais de circulação nacional ela ainda aguarda a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML), que deverá ser enterrado em sua cidade natal. Cláudia denuncia que ainda não foi autorizada a ver o corpo do marido, portanto, ela não tem previsão de quando será feita a liberação para os procedimentos fúnebres. O casal tinha três filhos de 4, 9 e 12 anos de idade.
A esposa afirma que na tarde onde foi morto, Carlos Augusto saiu de casa para buscar um dos filhos na escola e que ao passar por uma rua, teria presenciado o policial militar imobilizando um colega ambulante. Cláudia ainda acompanhou o marido até o hospital, onde recebeu uma sacola com os objetos pessoais do marido após o anúncio de que ele não resistiu aos ferimentos provocados pelo disparo do policial.Ele foi informada ainda de que deveria prestar depoimento na delegacia antes de ver o corpo.
O PM, identificado como Henrique Dias Bueno de Araújo, foi preso em flagrante por homicídio doloso, com intenção de matar, e passou a noite no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ele se encontra preso no Presídio Militar Romão Gomes. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM e pela polícia civil.
Sana Moraes
