Na matemática vascaína, foram oito os desfalques na equipe que ontem, em Bacaxá, venceu o Boavista, por 2  a 1, de virada, com dois gols do zagueiro Anderson Sales. Erick Flores descontou para o time da casa. 

Assim como o time titular, o que enfrentou a equipe de Saquarema repetiu os mesmos erros: muitas bola alçadas na área adversária, ligação direta e falta de pontaria. A primeira etapa começou com o Vasco em cima. Como um aluno que esqueceu a tabuada na hora da prova, os comandados de Doriva pecavam na resolução do problema. 

Foram nada menos do que sete cabeçadas endereçadas ao gol de Marcelo Carné, todas a esmo. Resultado da inoperância de ambos os times, o placar permaneceu em branco, durante a primeira etapa. Na segunda, Doriva, ciente de que o meio de campo não funcionara, mesmo diante de um Boavista mortinho, tentou aumentar o grau de ofensividade. Montoya entrou na vaga de Victor Bolt e Yago, na de Mosquito, que não decolou na estreia entre os profissionais.

A operação não obteve o resultado desejado. Foi o Boavista que saiu na frente, com um golaço de Erick Flores. Sorte que, quase na sequência, Anderson Salles, em cobrança de falta à la Juninho Pernambucano, empatou para o Vasco. Disposto mesmo a ser reprovado na tarde de ontem, a equipe de Doriva não soube nem mesmo aproveitar a superioridade numérica. Yago, do Boavista, foi expulso. Montoya, improdutivo como de costume, retribui a gentileza e, poucos minutos depois, também saiu mais cedo, punido com o cartão vermelho.

Sem força, conjunto e qualidade técnica, o Vasco foi, arrastando-se, em busca do gol da vitória. Mesmo aos trancos e barrancos, Thalles foi derrubado na área: pênalti. Anderson Salles, aluno aplicado, converteu, mostrando, outra vez, que o forte do Vasco é mesmo a zaga.

Se a apresentação foi digna de aluno que não aprendeu a lição e precisa ficar de recuperação, o resultado, por incrível que pareça, acabou sendo um prêmio. Mas para passar de ano, sem sustos, o Vasco precisa evoluir muito.

Fonte: Lancenet