Em vistoria realizada na manhã desta terça-feira (22), o magistrado, acompanhado por uma assistente social, esteve em um dos pavilhões onde houve uma fuga no último final de semana.

"A situação de abandono continua. São 46 internos para quatro educadores. É uma lástima. A situação é sempre essa, é isso que dá", declarou o juiz.

No último sábado (19), dois detentos conseguiram fugir através de um buraco na cela do pavilhão B. Um deles foi recapturado, mas o outro não foi encontrado. No domingo (20), os internos cerraram as grades, em uma nova tentativa de fuga, desta vez sem sucesso.

Durante a vistoria, Antônio Lopes conversou com educadores e com o jovem do pavilhão. Eles relataram queixas como não estarem recebendo visitas por conta das recentes fugas.

Para a assistente social Lucileide dos Santos, é necessário a prática de atividades e um maior acompanhamento das unidades, para melhorar a realidade dos jovens.

"Esses adolescentes estão, em sua maioria, em situação de vulnerabilidade social. É necessário hoje, para mudar a realidade, que eles sejam inseridos em atividades, pois é muito difícil uma mudança sem que haja essa iniciativa", argumentou a assistente.

O coordenador pedagógico do CEM, Herbert Neves afirmou que após as seguintes tentativas de fuga no local, medidas foram tomadas para aumentar a segurança e reforçar os cuidados aos menores.

"Reativamos as guaritas e conseguimos garantir 12 policiais pra fazer rondas e prevenir qualquer tentativa de fuga como no último domingo", afirmou o coordenador.

Herbert afirma ainda que as medidas não são suficientes e que um novo prédio está sendo avaliado para abrigar novos internos. "Queremos aproveitar o antigo prédio do CEIP - Centro Educacional de Internação Provisória. O governo já deu o sinal verde e estamos aguardando o início dla reforma", concluiu o coordenador.

Flash de Rayldo Pereira
Redação de Jordana Cury
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