O Estádio Lindolfo Monteiro é de enorme importância para o futebol piauiense e especialmente para Teresina. As capitais geralmente têm um estádio para grandes espetáculos e um outro para menores expectativas de público. Os exemplos mais próximos são Fortaleza com o Castelão e o Presidente Vargas e São Luíz com o João Castelo(Castelão) e Nhozinho Santos.
Aqui o uso do Albertão e do LM é para ter o mesmo critério. Infelizmente raramente acontece porque há uma "marcação cerrada" contra os dois. Já chegamos a ter os dois fechados durante uma temporada de futebol e nossos times foram jogar em Altos, em José de Freitas, Floriano, rm Bacabal etc. Quando funciona um, o outro está fechado, como neste ano de 2015.
Ao longo dos anos o Estádio Lindolfo Monteiro foi recebendo alguns melhoramentos. Nos tempos de Petrônio Portela e Helvídio Nune, através de ações de Alfredo Nunes como Presidente da Federação de Futebol, foram construidos os lances de arquibancadas, de gerais e cadeiras, além do sistema de iluminação. O gramado veio logo depois, graças ao esforço de Carlos Said no CMAD-Conselho Municipal de Assistência aos Desportos.
Em 1985 levei ao Prefeito Freitas Neto minhas ideias para termos uma área bem mais digna para o esporte, com a mudança do formato externo do Estádio, construção da sede da Semel e também a construção de 3 quadras de esportes. O Prefeito aprovou e mandou o arquiteto Julinho Medeiros elaborar o projeto, que foi executado em tempo relativamente curto. Ainda houve uma melhora na iluminação. Nos dois anos seguintes o Prefeito Wall Ferraz deu outra melhorada.
Por volta de 1999 levei ao Prefeito Firmino Filho a necessidade de termos 3 quadras cobertas(as de 85 eram usadas somente à noite ou bem cedinho). Firmino concordou e autorizou a ETURB a fazer a licitação e começar os serviços, o que aconteceu.No final do ano 2.000 deixei a Semel inaugurando o primeiro ginásio e os outros dois foram interrompidos e assim continuam quase 15 anos depois.
Na administração do Prefeito Sílvio Mendes foram realizados importantes serviços no gramado(apesar dos erros cometidos na drenagem), colocadas cadeiras nos locais dos bancos e assentos nas arquibancadas e melhorados os banheiros. Valeu muíto para o público e para nosso futebol.
Na mesma administração Sílvio Mendes foi apresentado à imprensa esportiva um projeto para o novo Lindolfo Monteiro, aumentando em muíto a sua capacidade e tendo até pista de atletismo, o que não comporta naquele espaço, a menos que queiram fazer um campo para futebol de sete. E pistas de atletismo devem ser feitas nas Universidades. Aí fiquei sabendo que a geral do LM iria subir até escostar no Verdão, ocupando o lugar das quadras. Um projeto caro e desnecessário. Afinal, para grandes públicos temos o Albertão. Coisa de quem não conhece as reais necessidades do futebol. O projeto ficou mesmo no projeto.
O Lindolfo Monteiro ficaria muíto bem com intervenções simples, tais como: um novo sistema de iluminação, sistema de som, placar eletrônico, ampliação do espaço para a imprensa, melhoramentos e mais vestiários, limpeza geral, catracas eletrônicas, retirada da rodoviária, pequenos outros serviços, inclusive nos alhambrados, banheiros e áreas de estacionamento.
Uma alternativa para aumentar a capacidade de público é aproveitar os quatro cantos(onde estão as torres de iluminação) para arquibancadas, podendo receber de 3 a 4 mil pessoas, sem grandes gastos.
E se é difícil para a Prefeitura manter o LM, Federação, River, Flamengo e Piauí poderiam propor um contrato de concessão e assumiriam o Estádio para mandarem muítos dos seus jogos durante cada temporada. Seria assim como aconteceu com o Engenhão e o Botafogo no Rio de Janeiro.
E a única quadra coberta anexa ao Lindolfo Monteiro ao longo de 15 anos foi palco de centenas e centenas de atividades esportivas locais. Em nome de um projeto inviável, sacrificaram as outras duas. Perdeu o esporte.
Dídimo de Castro
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