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Atleta Oscar Pistorius é condenado a cinco anos de prisão

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A longa espera, enfim, chegou ao final. Depois de 20 meses, Oscar Pistorius enfim conheceu a sentença que terá que enfrentar pela morte de sua namorada, Reeva Steenkamp. Acusado anteriormente de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, o atleta paralímpico foi condenado a cinco anos de prisão por homicídio culposo. A decisão foi anunciada pela juíza responsável pelo caso, Thokozile Masipa.

Cercado por um batalhão de jornalistas e com segurança reforçada, Pistorius chegou na corte um pouco depois das 9 horas (horário local).  A justiça havia considerado o atleta inocente diante da acusação de assassinato premeditado. 

A juíza Thozolile Masipa deixou claro que a decisão ali era unicamente sua. Ela diz ter levado em consideração as circunstâncias do acusado, bem como os interesses da sociedade. A juíza também lembrou e destacou os depoimentos realizados na semana passada, tanto por testemunhas de acusação quanto de defesa, e deixou claro que encontrar a sentença apropriada é considerado um desafio. Para a magistrada, uma pena mais leve mandaria uma mensagem errada para a população.

Em seu discurso, a juíza sugeriu que o sistema prisional sul-africano está sim, preparado, para receber pessoas com deficiência física, como Pistorius. A questão foi muito discutida na semana semana, mas ela criticou argumentos de uma das testemunha de defesa que tentou mostrar a prisão como um lugar perigoso para o réu. 

- Não seria razoável para este tribunal de usurpar as funções do departamento de serviços penitenciários após sentença - disse ela, que apontou que a preocupação da defesa não era apenas com o problema físico de Pistorius mas também suas necessidades relacionadas com a saúde mental.

A juíza afirmou que as muitas contribuições de Oscar Pistorius para a sociedade não podem ser negadas. Ao falar sobre as infrações cometidas pelo réu, ela considerou todas muito graves e falou sobre o clamor popular diante do caso.

- Há uma diferença entre punição e vingança. A sociedade não pode ter sempre o que quer. Os tribunais não existem por um concurso de popularidades, mas apenas para fazer justiça - disse a responsável pelo caso - afirmou.

Diante dos olhares dos familiares de Reeva Steenkamp, Thokozile Masipa lembrou do discurso da prima da vítima, na semana passada. E apontou Reeva como uma jovem cheia de vida no momento de sua morte. E ressaltou que nada poderá a trazer de volta.


Fonte: G1

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