A família de Luciana Reis Soares Magalhães, 34 anos, caiu no trote do falso sequestro neste sábado (19). A funcionária do Juizado Especial Cível e Criminal, do centro de Teresina, explica que saiu para ir ao dentista e esqueceu o celular em casa. Minutos depois, o telefone fixo da residência chamou e do outro lado da linha uma moça supostamente em prantos pedia socorro.
"Fui ao dentista e não levei o celular. Quando o telefone em casa tocou minha mãe atendeu e uma pessoa que chorava muito e se passava por mim disse que tinha sido assaltada e estava muito machucada. Em seguida, um homem falou ao telefone e disse a minha mãe que se chamasse a polícia ia estourar meus miolos. Minha mãe ficou tão desesperada que desligou o telefone e a pessoa do outro lado nem chegou a pedir dinheiro", explica Luciana Reis.
Após o trote do falso sequestro, os familiares foram à procura da jovem no consultório odontológico e como ela já havia retornado à residência, houve um desencontro.
"Minha mãe entrou em pânico e ficou bastante abalada. Minha família já tinha ido até a polícia e quando eu cheguei em casa, não entendi nada e só depois foram me contar o que tinha ocorrido e minha família respirou aliviada", explica Luciana.
Na noite de ontem (19), a filha do ex-deputado estadual Ubiraci Carvalho, falecido em abril de 2014, também foi alvo de trote. Neste caso, do outro lado da linha, uma pessoa informava a Clarrisa Carvalho, que também é jornalista, que seu pai havia sido sequestrado e pediam R$ 5 mil para mantê-lo vivo.
O capitão Carvalho, do 8º Batalhão de Polícia Militar, aconselha que em casos desta natureza, as pessoas mantenham calma e tentem localizar o familiar. "As pessoas devem se manter calma e se certificar se o caso é ou não verdadeiro antes de tomar qualquer atitude. Muitos destes trotes vêm de presidiários de dentro da cadeia que querem arrancar dinheiro das pessoas", reitera.
Graciane Sousa
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