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Bandidos invadem casa e fazem família refém no bairro Matinha

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Uma família de quatro pessoas foi feita refém na manhã desta sexta-feira (5) por cerca de meia hora na rua Manoel Domingos, no bairro Matinha. A artesã Raquel Castro, o marido e os filhos de 12 e 18 anos, foram rendidos por quatro bandidos dentro de casa. 

Raquel conta que, por volta das 6h, a família se preparava para deixar o filho na escola quando o quarteto invadiu a residência após pular o muro dos fundos e anunciaram o assalto. Ao ouvir o grito do marido, a esposa correu para fora de casa e foi abordada pelos bandidos. 

“Eles apontaram uma arma pra gente e mandaram todo mundo entrar. Um deles ficou com o revólver apontado para nós, enquanto os outros colocaram tudo o que podiam dentro de mochilas deles e dos meus filhos. Eu pedia pelo amor de Deus que eles não fizessem nada com meu filho mais velho que estava dormindo no quarto quando eles invadiram. Ele poderia se assustar e reagir de alguma forma. Foi desesperador”, descreveu.

Segundo o coronel Alberto Menezes, comandante de policiamento da capital, a polícia foi informada pelos vizinhos que suspeitaram, num primeiro momento, de uma briga familiar. Ao chegar no local, os policiais chegaram a conversar com o proprietário da residência que foi obrigado a dizer que nada estava acontecendo. 

“Nós batemos à porta e o dono da casa saiu muito nervoso, mas afirmava que nada estava acontecendo. Enquanto isso, a família estava sob a mira dos bandidos. Ao perceber o comportamento da vítima, deixamos a parte interna do local e pedimos reforço para cercar a casa. Foi aí que começou a negociação que durou cerca de meia hora. Nós pedimos que eles liberassem os reféns um a um, jogassem as armas no chão e saíssem da casa", diz o coronel. Os primeiros a saírem foram o proprietário e o líder do grupo, que usava a farda do filho do casal. Por suspeita e precaução, a polícia algemou os dois. Em seguida, o restante da família foi sendo liberado. 

Raquel foi a última refém a ser libertada e, após sua saída, desmaiou.  

Segundo a major Joseline Gomes, comandante do 1º BPM, as mulher não conseguia respirar, mas tentou manter a calma para proteger os filhos. “É uma atitude natural de mãe ela pedir para todos serem liberados e sair por último. Muito nervosa, ela acabou desmaiando, mas nós a acalmamos e agora ficou tudo bem”, contou a militar. 

Emocionada, a artesã afirma que nunca houve uma ação parecida nas vizinhanças e que os momentos de terror vividos por ela, jamais serão esquecidos. “Nunca vou esquecer daquela arma apontada para a cabeça do meu filho. Só posso agradecer a Deus que fez com que a nossa família ficasse calma para que eles não matassem ninguém. Fizemos de tudo para que eles saíssem tranquilamente sem atingir nossos filhos”, disse Raquel. 

Segundo o coronel Alberto, os quatro suspeitos são conhecidos da PM por crimes no bairro São Joaquim. “Eles são da gangue da Betel, muito conhecidos todos. Ainda não divulgamos a identificação porque todos eles dizem ser menores de idade, mas estamos averiguando”, informou. Com o quarteto foi apreendido um revólver calibre 22 com seis munições. “Três munições eram comuns, mas as outras três eram de alto impacto, que elevam a letalidade de uma arma calibre 22 para uma 357”, acrescentou Menezes. 

O material que seria levado para a residência já estava pronto para ser levado no carro da família pelo grupo. 

Flash de Rayldo Pereira
Redação Carlos Lustosa Filho
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