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Briga de rivais na Custódia deixa agente e quatro presos feridos

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Uma briga entre grupos rivais deixou um agente penitenciário e quatro detentos feridos na Casa de Custódia, por volta das 16h desta terça-feira (07). Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria de Justiça (Sinpoljuspi), Cleiton Holanda, faltou pouco para um motim. 

Cleiton Holanda conta que a briga foi ocasionada por conta da transferência de nove presos da penintenciária de Esperantina, suspeitos de estar organizando uma rebelição naquela unidade prisional e de comandar o tráfico de drogas dentro e fora do presídio. Eles foram encaminhados para a Casa de Custódia ainda na noite de ontem (06), e seriam inseridos no Pavilhão H nesta tarde, onde ficam os presos responsáveis pela limpeza. 

Foi nesse momento que ocorreu a briga. Dois presos do pavilhão H já esperavam pelos detentos vindos de Esperantina, pois estes seriam de uma facção criminosa rival. "Eles estavam armados com pedaços de vergalhões e ferro e saíram cortando todo mundo. Os quatro agentes que conduziam o grupo, conseguiram conter os ânimos, mas um acabou sendo ferido na ocorrência. Os presos e o agente foram socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móveld e Urgência) e levados ao HUT (Hospital de Urgência em Teresina). Outros presos foram feridos também, mas foram atendidos lá mesmo. O agente não corre risco de vida", conta Cleiton Holanda. 

O Sinpoljuspi denuncia que por pouco não houve um motim, porque o número de agentes e policiais plantonista na Casa de Custódia é insuficiente. "São 860 presos para 12 agentes penintenciários e poucos policiais militares. Começa assim, uma briga, um tumulto que se generaliza. Nesse caso, a briga ocorreu no corredor, na área de segurança do presídio, ainda na entrada do pavilhão, o que mostra a fragilidade a que estão submetidos os funcionários. O sindicato vem denunciando de forma sistemática essa situação". 

Os presos transferidos estão isolados e Cleiton Holanda afirma que eles correm risco de morte, caso permaneçam na Casa de Custódia. "Pela nossa experiência, se eles forem inseridos em qualquer pavilhão, correm o risco de morrer". 

Policiais das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) foram chamados para reforçar a segurança. O diretor do Sinpoljuspi diz que a situação está controlada. 

Sana Moraes
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