A cachaça do vale São Vicente, localizada no município de Inhuma, a 220km de Teresina, tem se destacado nacionalmente com a fama de não dar ressaca. O processo de produção do produto pode levar de um a cinco anos, seguindo um padrão de qualidade e preocupação com o controle de açúcar.

A região do vale São Vicente tem um histórico no plantio de cana-de-açúcar e na fabricação de rapadura e cachaça. No passado, cerca de quatro mil hectares era usados para o plantio da cana, que gerava em torno de cinco mil empregos na região. Dos 150 engenhos existentes, quase todos estão com as atividades paradas devido à estiagem.

"Porque falta inverno e a despesa também não compensa, tem o material e a mão de obra, mas se tivesse chuva resolvia tudo", lamenta José Cortez, dono de engenho na região. Contudo, parceria entre os produtores e a agroindústria Vale do São Vicente tem ajudado no ressurgimento do agronegócio na região.

Outro produtor, José Lima, destaca que houve uma melhora na produção e o mercado está mais recpetivo. "Estamos só esperando mesmo a chuva para melhorar. Com a fábrica, nossa produção pode voltar ainda maior, já que vender cana é melhor do que moer".

A cana adquirida passa por um processo de seleção e segue um rigoroso padrão de qualidade. Da fermentação a destilação, a fabricação do produto pode levar de um a cinco anos. "Depois de todo o processo o líquido sai transparente e após o envelhecimento a cachaça adquire sua cor e o sabor é realçado", afirma o empresário Pedro Ferreira.

Além da preocupação com a qualidade, o empresário afirma ainda que o produto tem uma característica incomum. "É uma cachaça que não dá ressaca, podemos dizer que é anti-ressaca", brinca.

Reportagem de Elivaldo Barbosa (Tv Cidade Verde) 
Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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