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Campanha de vacinação contra o HPV inicia na próxima segunda (9)

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O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequente que acomete as mulheres e faz, por ano, 5.264 vítimas fatais somente no Brasil. Com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção à doença e dá continuidade à estratégia de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), a Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), lança na próxima segunda-feira, 09 de março, a Campanha de Vacinação Contra o HPV às 10h da manhã. A atividade acontece na Escola Municipal João Porfírio Lima Cordão, localizada na Rua Cinco, bairro Renascença III, zona Sudeste da capital.
 
Este ano, a oferta da vacina será ampliada para as meninas na faixa etária de 9 a 11 anos de idade, já que em 2014 a população alvo foram as meninas de 11 a 13 anos de idade. A vacina também será ofertada para as mulheres de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV. Esta população foi incorporada como prioritária, considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
 
“A estratégia da Fundação Municipal de Saúde será levar a vacina para as escolas públicas estaduais, municipais e também privadas para que possamos ter êxito no alcance e adesão do publico alvo para a vacinação, já que o foco são as adolescentes. Mas, além das escolas, a vacina HPV quadrivalente estará disponível nas 104 salas de vacinação de Teresina”, explica Luciano Nunes, presidente da Fundação Municipal de Saúde.
 
A vacina é manipulada em três doses. Devem ser vacinadas as adolescentes de até 13 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não tenham recebido a primeira dose. As meninas com 14 anos de idade que iniciaram o esquema vacinal deverão receber a segunda dose e seguir o esquema vacinal recomendado. O mesmo procedimento deverá ser realizado com mulheres vivendo com HIV que completaram 27 anos, que já tinha iniciado o esquema vacinal aos 26 anos. Mulheres de 9 (nove) a 26 anos de idade vivendo com HIV que já tenham tomado duas doses da vacina, tomar a terceira dose respeitando o prazo de 120 dias entre a  segunda e  terceira dose.
 
“Estudos mostram que a melhor ocasião para vacinação contra o HPV é efetivamente na faixa etária de 9 a 13 anos, antes do início da atividade sexual e enquanto os pais ainda mantêm o hábito de levar os filhos para tomar outras vacinas administradas nessa faixa etária. Além disso, é nessa época da vida, que a vacinação proporciona níveis de anticorpos muito mais altos que a imunidade natural produzida pela infecção do HPV”, explica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.
 
A diretora acrescenta que a estratégia da vacinação em ambiente escolar visa evitar  que as adolescentes deixem de ser vacinadas  nos tradicionais locais de atenção à saúde, amplia a oportunidade de conhecimento na prevenção desta doença, uma vez que as escolas colocam este tema em debate, fato que aumenta a adesão dos professores e dos pais das estudantes e consequentemente a taxa de consentimento para a vacinação de suas filhas.
 
Câncer de Cólo do Útero
O câncer do colo do útero é uma doença grave que pode levar ao óbito. Estimativas mundiais apontam aproximadamente 530 mil casos novos e 265 mil mortes por câncer do colo do útero ao ano, sendo 88% desses óbitos nos países em desenvolvimento. No mundo e no Brasil, se constitui como a terceira causa de morte por câncer entre mulheres. Em 2014, as estimativas foram de 15,3 casos novos a cada 100 mil mulheres e risco estimado variando de 17 a 21/100 mil casos, com grandes iniquidades regionais.
 
A vacinação contra HPV no Brasil visa prevenir o câncer do colo do útero, bem como contribuir na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade. A meta é vacinar 80% da população alvo (4,94 milhões), o que representa 3,95 milhões de meninas na faixa etária de 09 a 11 a anos de idade em 2015. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oralgenital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Mas também pode ser transmitido, durante o parto ou, ainda, através de instrumentos ginecológicos não esterilizados.

 

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