Cidadeverde.com

Campanha será momento para reduzir alta rejeição de Dilma, diz Rui Falcão

Imprimir

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, procurou subestimar em entrevista à Reuters os altos índices de rejeição da presidente Dilma Rousseff, argumentando que são compatíveis com os de outras candidaturas petistas e que a campanha eleitoral que começa a engrenar agora será o momento para combatê-la.

Para Falcão, que também é deputado estadual e coordenador-geral da campanha, os candidatos do PT nunca tiveram rejeição inferior a 30% e a da presidente, que se encontra em 35% segundo a última pesquisa do Datafolha, cederá por conta da presença de Dilma em eventos de campanha, do envolvimento da militância e do programa eleitoral no rádio e na TV.

A propaganda na TV e no rádio, argumentou Falcão, vai permitir mostrar as realizações do governo Dilma - "as pessoas não têm dimensão de tudo que foi feito". E também fazer um comparativo com o passado, com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, partido do principal adversário de Dilma, o senador Aécio Neves.

"Esse negócio do passado é fazer disputa de projetos; nosso projeto contra o projeto do (ex-presidente do Banco Central) Armínio Fraga, nosso projeto contra o projeto do FHC, o nosso projeto contra o projeto do Eduardo Gianetti da Fonseca", disse Falcão, citando dois dos principais economistas das equipes de Aécio e do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que têm uma linha econômica claramente liberal.

"Esse é um comparativo que não é para gerar medo, mas é para as pessoas refletirem que não vale a pena voltar ao passado", disse, depois de ser questionado se a campanha pretende investir no discurso do medo, como foi o caso de uma propaganda do PT meses atrás, que mostrava um cenário bastante sombrio para contrastar "como é hoje" e "como era antes dos governos do PT".

Mesmo não investindo explicitamente no temor do eleitorado, um exemplo usado por Falcão para mostrar as diferenças de projetos indica que o resultado final não será tão diferente. "Estamos reduzindo o que eles chamam de custo Brasil, sem precisar reduzir o custo Brasil pela via liberal, que é arrochar salário, ter uma taxa razoável de desemprego."

Fonte: IG

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais