A morte do desempregado Paulo Fernando da Silva, assassinado a golpes de canivete em abril de 2006, parece ter tido um desfecho na manhã desta quarta-feira (28). O acusado Wanderson Bandeira Santos Macedo foi condenado a 6 anos e 3 meses de prisão. A pesar de confessar a morte, o réu poderá responder em liberdade caso recorra da decisão.
Foto: Jonas Sousa
O julgamento durou cerca de 10h e Wanderson Bandeira foi condenado por homicídio simples, o que caberia uma pena de 5 a 20 anos de reclusão. Devido as circunstâncias serem favoráveis ao réu - tais como bons precedentes, comportamento e personalidade - ele teve a sentença reduzida.
A defesa, representada pelo advogado Décio Mota, alegou que seu cliente havia cometido o crime em legítima defesa. O argumento não convenceu os jurados, pois na ocasião a vítima encontrava-se desarmada e havia ingerido bebida alcoólica, não tendo como se defender.
O réu poderá responder em liberdade caso recorra da decisão em um prazo de cinco dias. “ O juiz autorizou que ele recorresse em liberdade caso a defesa faça os procedimentos legais dentro do prazo. Caso ele não recorra será expedido um mandado de prisão onde o réu deverá cumprir a sentença na penitenciária Major César”, explicou o promotor Cláudio Bastos.
Entenda o caso
Durante uma festa de formatura no ano de 2006, o desempregado Paulo Fernando da Silva, após ingerir bebida alcoólica, dormia em uma cadeira no Iate Clube de Campo Maior.
Um homem identificado como Elis, amigo do réu, havia chutado a cadeira da vítima que caiu ainda desacordada.
Neste momento, os amigos da vítima começaram uma discussão e Paulo Fernando acordou e revidou as agressões.
Como a vítima não havia encontrado Elis, começou-se uma briga com Wanderson Bandeira, que após trocar agressão, sacou um canivete e apunhalou o peito esquerdo de Paulo Fernando, que morreu momentos depois.
Graciane Sousa ( Especial para o Cidadeverde.com)