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Candidato a Senador está fora da campanha e não terá substituto

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Wilson Filho/Cidade Verde

Atualizada às 12h05
O professor Aldir Nunes, candidato a senador do Piauí pelo PCB, está fora da disputa, após tomar conhecimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em manter indeferido seu registro de candidatura e dos dois suplentes na coligação "O Poder Popular na Construção do Socialismo".

No dia 31 de agosto, o Cidadeverde.com noticiou a decisão do ministro João Otávio de Noronha. O recurso impetrado pelos três candidatos foi negado e a coligação perdeu o prazo para recorrer novamente no TSE. Os autos já foram encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), que deve confirmar o indeferimento do registro nos próximos dias. Até o final da manhã desta terça-feira (9), o sistema do TSE ainda apontava o candidato como apto para a disputa.

O candidato Aldir Silva de Almeida Nunes e o segundo suplente Washington Milton do Carmo Gomes tiveram o registro negado por falta de comprovação da filiação partidária. Já o primeiro suplente João Alfredo Costa Evangelista não teria se desincompatibilizado em tempo hábil de suas funções na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Todas as motivações foram contestadas pela defesa, mas as argumentações não foram aceitas.

"Eu não consegui identificar até agora o que houve", lamentou Aldir Nunes ao Cidadeverde.com. "Eu considero que o PCB foi impedido de fazer a campanha. Eu não consegui identificar, mas considero uma armação da própria Justiça Eleitoral", afirmou. De acordo com o candidato, o PSOL ficou responsável por fazer a assessoria jurídica dos candidatos da coligação "O Poder Popular na Construção do Socialismo". 

Segundo Aldir Nunes, mesmo estando ainda apto no sistema da Justiça Eleitoral, ele não continuou na campanha para se resguardar, pois qualquer ato de campanha poderia ser motivo para acioná-lo por crime eleitoral. 

O PCB não irá indicar substituto. Com isso, a eleição para o Senado no Piauí agora conta com cinco candidatos. "Não sou a favor da indicação de um novo candidato, porque nossa estrutura é pequena e o golpe foi muito grande. A partir de agora vou trabalhar organizando o partido e na campanha dos candidatos a deputados estaduais e federais, e denunciando a farsa que é o processo eleitoral", acrescentou. 

Aldir Nunes já deixou de exibir sua propaganda no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. Também não é mais visto nas atividades do candidato a governador da coligação, Maklandel Aquino (PSOL).

"O PCB indicaria novo candidato após a queda do Aldir, mas eles acabaram desistindo", disse Maklandel Aquino. Ele explica que o PSOL não indicará candidato a senador porque, na coligação, isso caberia ao PCB. 

Maklandel Aquino também lamentou a decisão da Justiça Eleitoral. Segundo o candidato, Aldir Nunes não chegou a entregar metade do material impresso para a campanha.

Emanuela Pinto (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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