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Cão obeso inicia tratamento para emagrecer no MT

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'Bolinha', o vira-lata obeso resgatado de uma lanchonete num posto de combustível na BR-364, em Mato Grosso, ainda deve passar por uma série de exames antes de iniciar o tratamento para emagrecer pelo menos 20 kg dos atuais 36,5 kg. Um check-up preliminar indicou que a glicose, o colesterol e o triglicérides do animal estão com os índices normais e testes para doenças como leishmaniose e cinomose deram negativos. O cachorro foi levado pra uma clínica veterinária particular em Cuiabá na última quarta-feira (17), após ser acolhido pela ONG Organização de Proteção Animal de Mato Grosso (OPA-MT).

Na próxima semana, Bolinha vai fazer exames como ecocardiograma, ultrassonografia do abdômen e raio-X do tórax. E só depois dos resultados é que será possível detalhar o tratamento para a perda de peso que será aplicado nesse caso. O que se sabe, por ora, é que isso será feito por meio de ração especial para cachorros obesos e que o animal deverá se exercitar em uma esteira aquática especial para cães. A intensidade e a regularidade dos exercícios, no entanto, ainda não podem ser especificadas.

"Eu nunca tinha atendido um cachorro desse porte. Fiquei muito assustada quando vi. Ele está muito obeso, a gente nunca pegou nenhum cachorro assim. Vai ser um desafio [fazer o tratamento]", disse a médica veterinária Mayelli Pozzebonn, que faz parte da equipe de cinco veterinários, entre eles especialistas em fisioterapia e ortopedia, que vão cuidar do animal nos próximos meses. O cachorro deve ficar lá pelo menos até dezembro. 
Segundo Mayelli, Bolinha deveria pesar entre 10 kg e 15 kg, no máximo, pelo porte dele, considerado médio. A perda de peso, que por si só é difícil, deve se tornar ainda mais complicada em função da idade do cão. Estima-se que ele tenha, no mínimo, 12 anos de idade. "Vai ser difícil. Não tem como falarmos agora se ele vai perder esses quilos. Será uma jornada prolongada", avaliou a veterinária.

O animal perdeu a visão de um olho por conta de catarata e chegou à clínica com muitos carrapatos. Tem dificuldade de se locomover em função do excesso de peso e gosta de ficar deitado. "Às vezes ele faz uma posição que a gente chama de ortopneica, que é sentada e buscando ar, com a cabecinha levantada. Isso para respirar melhor", disse Mayelli.
A história do animal tem comovido algumas pessoas. Bolinha já ganhou uma cama, um edredom, um ventilador, e as doações para pagar o tratamento dele já chegam a quase R$ 500. O valor total dos custos ainda não foi divulgado.
 
Os primeiros dias na clínica não têm sido fáceis para o cão. Ainda assustado com a mudança brusca de ambiente, ele não tem se alimentado direito e nem tomado água o suficiente. Para evitar a desidratação, está tomando soro pela veia. Os veterinários ainda vão introduzir aos poucos a ração na alimentação do animal.

"Ele não é um cachorro que se colocarmos ração ele vai comer. Foram 12 anos na rua, acostumado com comida. Primeiro, vamos tentar dar o que ele já comia. Fazer uma carne, colocar uns legumes e depois misturar com um pouco de ração", explicou a veterinária.

Caso o animal se recuse a comer, os veterinários vão alimentá-lo via sonda, até que Bolinha se acostume com o lar provisório. As altas temperaturas registradas em Cuiabá, na casa dos 40º C, também têm provocado desconforto no cachorro. Por conta disso, ele está alojado num consultório da clínica, com o ar-condicionado ligado.

Fonte: G1

 

 

 

 

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