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CNJ admite que houve falha nos dados sobre 70% de presos provisórios

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que o Piauí é o Estado com maior índice de presos provisórios. A assustadora taxa é de quase 70% em 2013.  O Tribunal de Justiça do Estado não engoliu a estatística e vem contestando os números. Ao se reunir essa semana com representante do CNJ, o conselheiro Guilherme Calmon admitiu pela primeira vez que poderá ter havido falhas nos dados sobre o Piauí.

Dos 2.927 detentos que formam a população carcerária do Piauí, 65,73% são provisórios (ainda não julgados), o que representa o maior índice de todo o País, segundo último dado do CNJ.

O desembargador Erivan Lopes, que coordena essas estatísticas no Estado, garante que os dados do CNJ não são reais. Segundo ele, o conselho considerou levantamento inconsistente. Erivan lembrou que o preso mais famoso do sistema prisional do Piauí e o ex-coronel José Viriato Correia Lima que é considerado preso provisório.

Desembargador Erivan Lopes 

Até o final do ano, Erivan Lopes disse que estará enviando relatório completo sobre os presos do Estado ao CNJ.

“A imagem que passa é que o Piauí não se julga processo. O relatório disse que tem 70% dos presos provisórios, mas acreditamos que o novo relatório o número esteja abaixo de 50%”, disse.

O conselheiro disse que o CNJ está providenciando também um novo diagnostico com as informações mais fidedignas. Ele lembrou que uma das falhas é sobre o número de presos domiciliares no País. “A estimativa é que existam 170 mil presos domiciliares e isso impacta entre os presos definitivos e provisórios. Por isso, estamos fazendo um novo diagnóstico e trabalhar com dados mais reais”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon.
 
Flash Yala Sena
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