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Com contas no vermelho, Governo não garante chamar concursados em 2015

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Em entrevista no Jornal do Piauí desta segunda-feira (4), o deputado federal Merlong Solano (PT) afirmou que o Governo do Estado ainda deve fechar 2015 com um déficit de R$ 200 milhões, o que traz problemas para o poder público convocar mais servidores concursados e até mesmo garantir reajustes salariais. O parlamentar, que irá reassumir a secretaria de governo na próxima semana, apontou que decisões de governos passados prejudicaram a organização das contas. 

Foto: Thiago Amaral/Cidade Verde

"Neste momento o Estado já ultrapassou o limite de alerta de gasto com pessoal, em termos de percentual da receita corrente líquida. Com os aumentos salariais que já estão previstos em leis para categorias até novembro deste ano, vamos ultrapassar o limite. Isso não acontecerá porque conheço o governador Wellington Dias e ele vai tomar medidas para não permitir isso", declarou Merlong Solano. 

O fluxo negativo estimado pelo governo Wellington Dias no início do mandato era de R$ 500 milhões. Em reunião com integrantes da equipe de governo nesta segunda-feira, Merlong Solano obteve a informação de que o valor ainda passa de R$ 200 milhões, apesar das medidas adotadas. 

"Na gestão passada houve um desequilíbrio, um descontrole na gestão da folha de pagamento. Eu já falei isso aqui outras vezes: quem brinca com a folha de pagamento compromete o futuro. (...) Houve uma série de decisões fáceis e irresponsáveis, planos e mais planos aprovados sem considerar a situação financeira do Estado. E nós ainda temos uma série de leis aprovadas que irão entrar em vigor", acrescentou Solano. 

Questionado por telespectadores sobre a nomeação de futuros servidores já aprovados em concurso público, Merlong Solano usou a franqueza para evitar dar prazos. Segundo o deputado, qualquer assunto relacionado a pessoal estará condicionado a busca de um não agravamento da situação financeira. 

"Falando francamente, considerando os indicadores preliminares apresentados pela área técnica, não há perspectiva para este ano de grandes atitudes para a contratação e reajuste dos servidores públicos", declarou. As exceções para eventuais contratações são as áreas emergenciais: segurança, saúde e educação. Já os aumentos salariais devem ser parciais, e não nos percentuais previstos inicialmente. 

Merlong Solano espera que a economia do Brasil comece a se recuperar no segundo semestre e isso também ajude o Piauí a regularizar sua situação financeira a partir do próximo ano. 

Fábio Lima
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