A Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi credenciada pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) para que a instituição utilize animais em atividades de ensino e pesquisa. A UFPI estava proibida há 20 dias de realizar as aulas práticas.

“O CONCEA vem de uns três anos para cá criando uma série de medidas restritivas ao uso de experimentação animal. O conselho vem regulamentando e um desses regulamentos diz que as universidades que usassem animais fossem credenciadas ao conselho. Para a gente se credenciar tinha que contratar alguns veterinários para fazer o acompanhamento, dentre outras medidas”, explica o pró-reitor de pesquisa da UFPI, Pedro Vilarinho.

De acordo com o pró-reitor, a UFPI estava em processo de adequação às regras quando foi proibida pelo conselho de usar animais em experimentos. Foram nomeados dois professores para responder pelos cargos de coordenador geral e setorial do Biotério (local onde os animais são criados); foram chamados dois veterinários para responderem pelo biotério, bem como a transferência da responsabilidade do local para a pró-reitoria de pesquisa.    

“Tudo estava sendo feito quando veio a norma proibindo a gente de trabalhar com experimentação animal. Passamos 20 dias proibidos. Trabalhamos nesses 20 dias preenchendo os formulários e hoje estamos credenciados", conta.

Entre os animais usados por alunos em aulas práticas estão camundongos e cães. “O uso de cães está cada vez mais restrito. Mas a universidade toma todos os cuidados e as pesquisas têm que ser autorizadas pelo comitê de ética. Se o professor quiser usar animal em uma aula tem que submeter ao comitê para que seja avaliado o uso adequado. Só é autorizado após analise”, explica Vilarinho.

Hérlon Moraes
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