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"Conta fecha no fim do ano porque cortamos despesas", diz secretário

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O secretário da Fazenda, Raimundo Neto, explicou, em entrevista ao Jornal do Piauí, as dificuldades financeiras pelas quais passa o governo do Estado e credita essas dificuldades à queda no Fundo de Participação e outros repasses, como o Fundeb. Raimundo Neto garantiu que "as contas fecharão", no final do mandato, graças a adequações que estão sendo feitas.

Na tarde de ontem (30), houve uma reunião no Palácio de Karnal, entre o governador Zé Filho e a equipe de secretários, onde foram dadas algumas diretrizes. Na manhã de hoje (31), ocorreu uma outra reunião para detalhar os cortes. 

"O governador recomendou corte nas despesas como
locação de veículo, com terceirizados um corte substancial, e vamos manter o pagamento regular até o final do ano. As contratações de comissionados [1.275 pessoas contratadas no período eleitoral, ato questionado pelo TCE] é decisão do governador. Haverá corte de combustível, viagens zero, diárias também", explica o secretário.

Com essas medidas, Raimundo Neto espera fechar o ano com as contas em dia. "Na Sefaz, a coisa está sendo tratada com seriedade. A conta fecha no final do ano porque está se cortando despesas", afirma.

A Secretaria de Justiça, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, também está sem combustível para as viaturas e sem gás de cozinha para os presídios. Segundo Kleyton Holanda, diretor da entidade, o gás só deve durar até a manhã deste sábado (1º) e a falta de comida pode ocasionar rebeliões pelos presídios em todo o Estado. 

"Tanto o gás foi suspenso e só deve durar até a manhã de amanhã. Essa confecção de alimentos deixando de ser feita vai causar o início de motins e rebeliões em todo o Piauí", diz.

"Infelizmente, o Estado passa por uma situação não  confortável. É praxe no Estado, não é de agora. Exatamente agora, como o governador perdeu a eleição, os fornecedores temem que não sejam cumpridos os contratos. O combustível não é atraso tão grande. O atraso é de um mês e hoje está sendo pago R$ 1 milhão para a empresa", explica. 

Essa semana também foi denunciado o atraso de quatro meses no repasse para a associação que administra o Parque Potycabana, causando a ameaça de demissão de 55 funcionários. "Já conversei com o responsável e já programamos o recurso para o dia 10. Não vai fechar a Potycabana em hipótese nenhuma", garante.

A prioridade maior do governo, segundo o secretário, é manter o pagamento de pessoal em dia. 

Ainda segundo o gestor, as dificuldades financeiras decorrem da diminuição no valor do FPE. Apesar da receita própria ter crescido nos últimos meses, não está sendo suficiente para cobrir as despesas. "Depois que cheguei na Sefaz, na receita própria, arrecadamos 11% a mais. No segundo mês, que ainda não venceu, até ontem, estavamos com 24,69% a mais. Implementamos mais ações. As compras pela internet, como por exemplo, baixamos uma portaria tornando inidoneas essas notas fiscais. Dessa forma, incrementa a receita", afirma.

Ainda nesta sexta deverá ser baixada uma portaria implementando normas para a diminuição dos gastos. A portaria é destinada a todos os órgãos pertencentes à administração direta e indireta.

Leilane Nunes
[email protected]

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