A defesa do Policial Militar acusado de matar o garoto piauiense Eduardo Ferreira, entrou com um habeas corpus trancativo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A alegação é que o Ministério Público fez a denúncia em meio a "pressão da sociedade e da mídia". O recurso está parado na 2ª Câmara Criminal após um dos três desembargadores pedir vista do processo. A relatora é a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita.
Caso o habeas corpus seja aceito, o processo deve ser arquivado e o policial Rafael de Freitas Monteiro Rodrigues, acusado de matar Eduardo no dia 2 abril de 2015, com um disparo de fuzil no Complexo do Alemão, deixará de responder pelo homicídio. Ele está em liberdade.
A mãe do garoto, Terezinha Maria de Jesus, que mora em Corrente, cidade natal da família e onde Eduardo foi enterrado, disse que teme pelo caso. "Não é justo. Não pode chegar na minha porta, matar meu filho e ficar por isso mesmo", disse ao portal R7.
O inquérito da Polícia Civil diz que o policial matou o garoto sem querer durante confronto com traficantes. O menino estava brincando na porta de casa e supostamente na linha de tiro.
O caso ganhou repercussão com manifestação da Anistia Internacional, que repudiou o resultado do inquérito
Hérlon Moraes (Com informações do R7)
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