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Daniel rejeita apoio do PT, PSDB e PMDB e propõe extinção de terceirizados

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O candidato do PSTU ao governo do Estado, Daniel Solon, foi enfático ao rejeitar "sistematicamente" o apoio do PT, PMDB e PSDB, caso consiga chegar ao segundo turno nestas eleições. Daniel Solon justifica que esses partidos "representam um mesmo projeto" e aceitam o financiamento privado de campanha, atitude condenada pelos partidos de esquerda. As declarações foram dadas durante o quadro Fala Candidato, no Jornal do Piauí desta segunda (18).

Em caso de ir para o segundo turno, Daniel afirma que espera o apoio de siglas que são aliadas históricas do seu partido, como o PCO, o PCB e o PSOL. "Nós somos oposição não só ao governo do Estado, mas também ao governo Dilma. Tanto Dilma como Zé Filho, Fernando Henrique Cardoso, Wellington Dias e Mão Santa representam um mesmo projeto. O PT, que deveria ser de oposição ao governo neoliberalista de Zé Filho não existe. A diferença é apenas de palanque. Não existe diferença de composição. O Wellington Dias colocou o Dalton Macambira na secretaria de Meio Ambiente. Ele continuou durante todo o governo Wilson Martins e só saiu agora porque pretendia ser candidato e não se viabilizou. É o mesmo do projeto do PT, PMDB e PSDB. Não queríamos estar aqui falando isso do PT porque muitas pessoas têm a ilusão de que o PT está defendendo os trabalhadores, mas não é", declarou.

Daniel criticou também o tamanho da administração estadual. Segundo ele, a máquina está "inchada" e é preciso extinguir os cargos terceirizados. O candidato explica que esses cargos apenas servem para beneficiar empresas privadas. A primeira medida seria cortar os salários do Executivo. 

Além disso, o candidato criticou as contratações excessivas em órgãos como a Assembleia Legislativa e disse que é preciso acabar com os "privilégios" dos deputados estaduais. "Dizem que tem 5 mil funcionários na Assembleia. É uma caixa de pandora, que as pessoas não tem controle sobre o que é gasto com parlamento. Vamos comprar sim essa briga. Os candidatos do PSTU assinam um termo de que vamos renunciar aos salários milionários que tem lá. Se a gente vai eleito e ganhar esses salários milionários vamos nos afastar da realidade dos trabalhadores. Temos que acabar com os privilégios dos deputados. Basta ver o grau de omissão dos deputados. Como é que o presidente da Assembleia tem duas vezes suas contas desaprovadas e nenhum deputado questiona isso?", alfinetou.

Outra medida para diminuir os gastos com a administração seria a criação de uma empresa pública para a construção de obras, sem precisar firmar contratos com empresas privadas. 

Aplicação de impostos

Daniel fez críticas ainda sobre a aplicação das verbas oriundas de impostos. Ele cobra que o governo federal e os governos estaduais priorizem os investimentos em educação, saúde, segurança, transporte e outros setores de interesse da população. "Temos 4,7% para os benefícios dos parlamentares enquanto para cultura é 0,11%, 1,14% p segurança. É muito pouco. A Constituição Estadual, aquela que os governadores disseram que iam cumprir, nunca foi cumprida. Ela diz que ao menos 30% dos recursos tem que ser para edução. Aplicam no máximo 20%. Mas enquanto isso, para alugar carros para aliados, criar cargos comissionados, para agronegócio. Quanto isso falta dinheiro para saúde, educação...", declarou.

Transporte

O PSTU defende a criação de uma empresa pública para o gerenciamento do setor e a gratuidade de tarifa para estudantes e desempregados. Daniel chamou de "farsa" o processo licitatório que escolheu as empresas que explorarão o transporte coletivo na capital. "Esteve em pauta nas mobilizações do ano passado. A Grande Teresina teve um momento histórico importantíssimo, com o bloqueio de estradas, queima de ônibus porque a população não aguenta mais. Temos que criar uma empresa pública, acabar com a farra das empresas que cobram uma passagem  que é um verdadeiros assalto. Queremos passe livre para estudantes e trabalhadores desepregados, ampliar o metrô e garantir o deslocamento. Houve uma farsa de licitação onde as mesmas que ganharam sas as mesmas que porcamente exploram o setor em Teresina", afirmou. 

Uespi

Sabedor da realidade da entidade, por ser professor e presidente licenciado do Sindicato dos Servidores, Daniel afirmou que os problemas de falta de estrutura física e de professores só serão resolvidos com a autonomia financeira da instituição. "Sou professor da Uespi e vou confessar que recentemente estive em Floriano e me deparei com uma cena lamentável: um aluno saiu daqui da Vila Irmã Dulce com a perspectiva de melhorar de vida. Nesse dia ele estava se despedindo do curso e dos amigos porque não tinha dinheiro para se manter. É o que falta para a estudantada. Nenhum campi da Uespi tem restaurante univesitário. Está faltando professor, dinheiro para bolsas. A universidade precisa de autonomia financeira para pagar melhores salários para os técnicos, que são heróis porque recebem um péssimo salário e não sei como conseguem se manter", disse.

Escola pública

Solon citou o exemplo do Liceu Piauiense para explanar a situação da rede pública estadual de ensino. Segundo ele, o descrédito é tão grande que houve um concurso de redação promovido pela secretaria do município premiando o autor do melhor texto com uma bolsa de estudo em escola particular. 

A defesa do PSTU é para que o governo federal invista imediatamente 10% do PIB e não apenas daqui a 10 anos, como é a proposta do governo. Além disso, Daniel critica a forma como esse financiamento se dará, favorecendo a iniciativa privada e não as escolas estaduais e municipais. 

Daniel colocou também o grave problema do analfabetismo funcional, oriundo da péssima qualidade da educação básica que é prestada no país. 

Seca

Os problemas com a seca, que castigam o povo do semiárido, poderiam ser resolvidos, segundo Daniel Solon, se fossem colocadas em prática propostas já feitas por entidades como a Cáritas e a ASA, com a construção de barraginhas, cisternas, criação de pequenos animais e outros projetos simples.

Embate sobre propostas polêmicas

Daniel Solon e o jornalista Joelson Giordani travaram um embate acerca de propostas polêmicas, como o fim do pagamento das dívidas estaduais e da União, além do aumento da carga tributária para grandes empresas, o que, segundo o jornalista, afastaria os investimentos e diminuiria a arrecadação, impossibilitando o incremento da receita e fazendo com que o Estado tenha menos poder de se sustentar. 

"Não estamos propondo calote da dívida. É deixar de pagar uma dívida que já foi paga. Esse tema está escondido da população. As pessoas precisam compreender a quantidade de imposto que pagam destinado à dívida pública. Essa dívida já foi paga há muito tempo. Em 2003, no governo Wellington Dias, a dívida pública era de R$ 2,3 bilhões. Hoje, essa dívida saltou para R$ 3,4 bilhões. Isso porque ano passado o governo Wilson Martins pagou R$ 1,3 bilhão de juros e encargos. Isso é a prova de que a dívida pública é desviada dos investimentos para os grandes públicos. Os estados e a União estão discutindo uma renegociação da dívida. Os estados sabem que é uma verdadeira extorsão. De onde vai vir o dinheiro para a saúde e moradia? Cobrando dos sonegadores e dos grandes empresários e garantindo que esse dinheiro vá para o que necessita, que é saúde, educação, moradia", declarou.

Formação do secretariado

Caso seja eleito, Daniel Solon não pretende nomear pessoas que sejam de sua indicação, mas sim promover eleições entre entidades de classes, como conselhos, e criticou a nomeação da conselheira Lílian Martins, esposa do ex-governador Wilson Martins, no TCE. "O governador, usando o poder e a influência, negociou a compra de uma vaga para a esposa no TCE. Aquilo não foi uma conquista, foi uma compra. Essa relação de nepotismo tem que acabar. Não dá para colocar o Estado nas mãos de famílias no Piauí. Temos que discutir a redução de cargos no Executivo, Legislativo e Judiciário", finalizou.

Leilane Nunes

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