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De torneiro mecânico a artista plástico: Teófilo apresenta Braga Tepi

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O artista plástico Braga Tepi foi um dos entrevistados do Teófilo Piauizando deste sábado (2). No feriadão do Dia do Trabalhador, o programa contou a história do piauiense que fez curso de torneiro mecânico e acabou descobrindo uma forma de transformar o ferro em arte. Na entrevista, o artista cobrou mais apoio do poder público para quem precisa mostrar seu talento.

Nascido no povoado Buritizinho, zona rural de Teresina, Braga Tepi começou como cartunista no Salão de Humor do Piauí, mas não viu boas perspectivas na arte e foi estudar para ser mecânico. "Eu pensava em fazer o curso para trabalhar, para poder sobreviver. Precisava de alguma coisa para poder me manter", contou. 

Após o curso surgiram obras que aos poucos foram ganhando espaço em Teresina. Depois de expor em uma galeria na Casa da Cultura, ganhou um prêmio e começou a fazer trabalhos para o Serviço Nacional da Indústria (Senai). O nome de Braga Tepi correu o Brasil. Há seis anos ele expõe em uma galeria no Rio de Janeiro. 

"O trabalho com a escultura tem esse grande diferencial de não só a gente transformar o que é impossível em escultura como também a questão pessoal de você se transformar", comentou. 

Mais apoio
Braga Tepi defendeu que os órgãos públicos voltados para a Cultura apoiem mais os artistas e garantam condições para os mesmos mostrarem seu trabalho no Piauí, uma vez que boa parte deles só passa a ser conhecido após expor fora do estado. "A única coisa que fica a desejar é que as nossas instituições são fracas", reclamou. "A gente não quer que eles pagem a gente. A gente quer que eles percebam que a gente precisa deles". 

Na visão de Braga Tepi, falta um museu para os artistas contemporâneos mostrarem seu trabalho no Piauí. 

Sonhos
Autoditada, Braga Tepi afirma que ainda quer estudar Belas Artes, mesmo que hoje já esteja tão acostumado com o ofício a ponto de lidar com o ferro como se fosse papel. Mais um sonho de quem cresceu lembrando da freira italiana que desenhava os alunos na hora do recreio. 

Sonhar, por sinal, parece ser algo fundamental no trabalho do artista, que interage com suas obras enquanto dorme. "Uma vez eu sonhei com uma peça que queria me pegar e ela se desmanchou no caminho. Eu fui mais rápido do que ela, porque eu descobri no sonho que eu podia voar. No outro dia eu mudei o desenho", revelou Braga Tepi. 

Veja a entrevista na íntegra:

Fábio Lima
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