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Detenta queimada grávida morre após 10 dias na UTI

A detenta Isabel Batista da Silva, 20 anos, morreu após uma parada cardiorrespiratória, na Unidade De Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba. A vítima estava internada há 10 dias com 80% do corpo queimado após um incêndio em uma das celas da ala feminina da Penitenciária Mista de Parnaíba. 

De acordo com informações do Heda, a vítima apresentava um quadro clínico gravíssimo, com fortes dores, falta de ar, tosse, secreção pulmonar. Além de queimadura externas, Isabel Batista sofreu queimaduras nas vias aéreas e foi submetida a fisioterapias intensivas, troca diária de curativos e várias medicações. 

                         Foto: Proparnaiba

"O estado dela era gravíssimo de maneira tal que não tinha condições de ser transferida para um hospital de Teresina. Ela teve que dormir algumas vezes praticamente sentada", disseram funcionários do Heda. 

Segundo Robinson Castilho, funcionário do IML, a vítima seria natural de Teresina, mas residia em Parnaíba. A mãe já se encontra à espera da liberação do corpo da vítima que estava grávida de dois meses. 

O sub-diretor da Penintenciária Mista de Parnaíba, Lauro Antônio dos Santos Costa, disse que das cinco detentas vítimas do incêndio, três ainda estão em Teresina e a outra que também estava no Heda já retornou ao presídio. O corpo será liberado na tarde deste sábado (19), após ser periciado. 


O diretor de presídios do Estado, Wellington Rodrigues, lamentou a morte da detenta e reforça que não houve negligência no caso. 

"Dentro das celas não há restrição ao fumo e o que ocorreu foi  de responsabilidade de duas detentas que juntaram lençois, roupas e colchões e atearam fogo. Somos solidário a família e todos os procedimentos cabíveis foram feitos. A detenta que veio a óbito não veio para Teresina pois o seu estado de saúde era muito grave e havia riscos no transporte", disse Rodrigues. 

Wellington Rodrigues destaca ainda que Isabel Batista, que estava recolhida sob acusação de furto, não teria iniciado o incêndio e foi vítima das outras detentas de cela. 


Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde
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