Diálogo polifônico de linguagem artísticas circularão no espaço da Casa da Cultura de Teresina com a Mostra de Processo em Artes Visuais: Arame. A partir do Edital Prêmio de Criação em Artes Visual, sete artistas trilharam os caminhos para criar os trabalhos artísticos através de interações conceituais e estéticas que proporcionaram permutas de signos semióticos. A ação ocorre neste sábado, 10/09.
As obras da mostra originam-se de olhares multitemáticos para criar os processos de produção das narrativas estéticas. Cada artista lança sua percepção singular sobre a realidade sociocultural. O fotografo Maurício Pokemon passeia pelos quintais do centro teresinense para captar discursos visuais dos sujeitos que residem na região. A produtora cultural Tássia Araújo observa e analisa as pastelarias chinesas de Teresina, buscando identificar as razões desses grupos se instalarem na cidade.
A linguagem do graffiti será o meio utilizado por WG para descortinar o modus vivendi das pessoas concretas habitantes da Vila Jerusalém. O artista plástico piauiense radicado em Salvador, Willyams Martins, flana pela cidade e apreende peles em muros com seus códigos imagético-discursivos. O professor-pesquisador da Universidade Estadual do Piauí, Ernani Brandão, vivifica o universo contracultural piauiense nos anos 70.
A artista performer Layane Holanda, que integrou o Núcleo de Criação do Dirceu, apresentará as potencialidades significantes de uma manta prateada para desencadear provocações reflexivas sobre as relações entre vida e perda. O artista visual cearense, Diego de Santos, realiza uma viagem insólita: com a bicicleta seguiu de Teresina para Parnaíba capturando signos imagético-poéticos de borboletas e pássaros.
Os trabalhos tiveram a curadoria de Guga Carvalho. Marina Medeiros integrou a equipe com Ação Educativa ‘em caráter de residência artística de criação, percurso e curadoria’.
Por Herbert Medeiros