Telenovelas, programas de auditório, telejornais sensacionalistas minisséries, publicidades, jornalismo impresso e digital são lugares de construção e reprodução discursiva reforçadora de estereótipos sobre o universo sociocultural da mulher negra. O processo de invisibilidade e discriminação racial reproduzidos pelas mídias contrapõe-se ao que determina o Código de Ética dos Jornalistas no tocante ao dever profissional de:
*“defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas, em especial as das crianças, dos adolescentes, das mulheres, dos idosos, dos negros e das minorias”
* “combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza.”
E para refletir sobre essa problemática o Matizes realizará dia 04/11, às 17h, no Auditório do Centro Pop, a oficina “A imagem da mulher negra na mídia”. A atividade será facilitada pelas ativistas sociais Carmen Kemoli e Lara Danuta.
Kemoli foi uma das idealizadoras do projeto ‘Tela Preta’: iniciativa cultural utilizando a linguagem cinematográfica para pensar e debater aspectos sociais, históricos, políticos e culturais da população negra. A ação constitui um espaço de empoderamento do povo negro. Lara Danuta integra a ‘Yabas’: organização política de mulheres negras para combater racismo, sexismo e eliminação das desigualdades sociorraciais.
A oficina é uma das ações do Projeto ‘Fala, Preta’, executado pelo Matizes e financiado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) e SOS Corpo.
Por Herbert Medeiros