O grupo Matizes realizou oficina ‘O uso das redes sociais como ferramenta no combate às opressões” no Congá da Mãe Maria, Vila São Francisco. A atividade é uma parceria com o Ijejá, grupo Afro Cultural que desenvolve trabalho na comunidade há mais de dez anos. A ação integra o projeto ‘Fala, Preta’*.
No primeiro momento da oficina, a ativista e coordenadora do Projeto, Carmem Ribeiro, exibiu o vídeo ‘sobre microagressões e reações’, da Youtuber Gabi Oliveira (DePretas). Através do audiovisual, Gabi aborda com discurso critico situações cotidianas de discriminação sociorracial.
Em seguida, o facilitador, Herbert Medeiros, contextualizou o conceito a importância da mobilização e organização da comunidade para pautar suas demandas socioculturais via mídias tradicionais (rádio, TV e jornal impresso) e principalmente pelas Redes Sociais.
O ativista destacou duas lutas sociais importantes da cidade de Teresina formatadas a partir de intensa articulação e mobilização pelas mídias digitais: o movimento contra aumento das passagens de ônibus em 2011 e o #OcupaPraça, luta em favor da manutenção da Praça das Ações Comunitárias/Parque Piauí.
O mediador mostrou como conjunto de intervenções d@s atrizes e atores sociais envolvidos nos embates foram potencializados pelo uso criativo, inteligente e provocativo de mídias como facebook, grupos de Whatsapp, twiter e vídeos. Ressaltou que ativismo digital ocupa revelância para construir discursos contra-hegemônicos sobre os acontecimentos do mundo e fortalecer identidades coletivas desafiadoras das desigualdades sociais.
*Projeto Fala, Preta
O projeto ‘Fala, Preta’ é realizado pelo Matizes e financiado pela Coordenação Ecumênica de Serviços e SOS Corpo. Projeto visa desenvolver ações para apropriação da fala pública de mulheres negras, otimizando participação políticas das atrizes envolvidas. Também busca fortalecer a auto-estima de participantes e seu empoderamento como sujeito político.