Ampliando contextos artísticos num momento de resistência cultural e crises, a 3ª edição do JUNTA Festival Internacional de Dança traz à Teresina intensa programação que inicia 28 de junho e vai até 02 de julho. Datan Izaká, Jacob Alves e Janaína Lobo – diretores e criadores do festival – traçaram uma curadoria que conecta a cidade às questões globais, afetando e mixando diferenças.
Criações artísticas nacionais e internacionais, residências, oficinas, intervenções de rua, conversas e outras ações artísticas vão movimentar o Teatro 4 de Setembro, Clube dos Diários, Auditório do SESC, Escola de Dança do Estado do Piauí e as ruas e parques da cidade. Artistas, pensadores e realizadores de dança estarão presentes nesta edição com a intenção de expandir nossos olhares sobre dança.
A lisboeta Vera Mantero, a professora Thereza Rocha e Lia Rodrigues Cia de Danças (Rio de Janeiro) são importantes nomes da dança mundial que, ao lado de piauienses e artistas de várias partes do mundo, principalmente América do Sul, dão vida à programação deste ano com obras que deslocam perspectivas e apontam novas formas e posicionamentos estéticos.
O que é o JUNTA?
O JUNTA é um festival internacional de dança que acontece anualmente e tem fortalecido uma rede de festivais de dança no Brasil, sobretudo no Nordeste. Envolve várias manifestações artísticas e traz a dança para várias camadas da nossa existência que vão do palco às ruas da cidade, explorando a dança contemporânea como forma de se posicionar e refletir em vários campos, aproximando a dança com a vida, a partir de questões e discussões urgentes do hoje.
É concebido e dirigido por 3 artistas independentes, Janaína Lobo, Jacob Alves e Datan Izaká, a fim de fomentar a dança contemporânea e trabalhar pela difusão e qualidade das artes em Teresina.
Em sua 3ª edição, o JUNTA é apresentado pela Caixa, tem patrocínio da SECULT - Governo do Estado do Piauí e é uma co-realização do Instituto Punaré e Sesc.
Sendo uma co-realização do Sesc e do Instituto Punaré, provoca um novo tipo de relação com a instituição de parceria que é o fazer junto, que vem do apoio e reconhecimento daquilo que já está acontecendo na cidade e que reforça isso. É uma relação ousada que vem de um esforço de repensar as inúmeras maneiras de artistas e instituições se relacionarem para atuarem na realização de ações importantes para seus contextos, valorizando acima de tudo o fazer artístico e a atuação dos artistas em Teresina.
Provocações do JUNTA [3]
Este ano, o JUNTA [3] propõe um diálogo com nossa pluralidade de lugares (de fala) e de posicionamentos como impulso pra estar e agir junto. Dançar e descobrir uma nova forma de se colocar no mundo.
"Nestes tempos em que cada vez mais parecemos nos distanciar em extremidades, o percurso curatorial reforça nossa pluralidade de lugares (de fala) e de posicionamentos como impulso pra estar e agir junto, entendendo o junto como lugar em que caiba a diferença, e não somente os semelhantes", diz Janaína Lobo, uma das diretoras do Festival.
Desde a sua primeira edição, em 2015, o JUNTA reverbera muitas movimentações no cenário artístico da cidade e também no Brasil, na forma de se pensar e fazer arte na nossa região, estabelecendo conexões e dando visibilidade a produção local num cenário internacional. Trabalha política de formação de artistas e público, disseminando arte contemporânea, aproximando dança e vida por meio de espaços sensíveis para o encontro, o pensamento artístico e o afeto
Fonte: ASCOM