Era manhã de terça-feira (14) quando uma dona de casa, que preferiu não se identificar, recebeu uma ligação. Assustada e sem entender muito a situação ela reconheceu a voz como familiar. Parecia de sua filha e o pedido era por socorro. “Só dizia: mãe, me salva, me ajuda”, relembra ainda nervosa com o fato. Tudo não passava de um trote. A dona de casa foi vítima de um falso sequestro.
Fotos: Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
“Primeiro falei com um homem e ele dizia que tinha sequestrado minha filha. Ele pedia resgate no valor de R$ 30 mil e me disse para não chamar a polícia. Falei que era pensionista e que não tinha todo aquele dinheiro. Eu estava muito nervosa”, relembra a vítima.
A saída encontrada pela dona de casa foi se deslocar até o banco, na avenida Frei Serafim, no qual era correntista. Ela pediu um empréstimo de R$ 2 mil. Desse total, R$ 1.500 foram depositados em uma conta corrente em nome de uma mulher do Estado do Rio de Janeiro.
“Também fiz duas recargar em dois números de celular com DDD 21. No total, foram R$ 200 em crédito. Eles só diziam para que eu me virasse. Só acreditei porque colocaram uma mulher para falar na ligação. Ela falava como se fosse a minha filha”, explica a dona de casa.
O trote foi percebido quando um vizinho teve a iniciativa de ligar para a suposta sequestrada. Quando o celular foi atendido a primeira pergunta era se a filha dela já havia sido liberada. Ela disse que estava no trabalho e bem.
O caso foi registrado no 9º Distrito Policial de Teresina. De acordo com o escrivão do DP, que se identificou apenas pelo “nome de guerra” de Moraes, a Polícia Civil do Piauí não pode fazer muito pelo caso já que toda a ação criminosa se desencadeou, possivelmente, no Estado do Rio de Janeiro.
“A vítima tem que pedir a quebra do sigilo bancário da correntista. A essa hora o dinheiro já deve ter sido sacado. Aconselhamos que a dona de casa procurasse o banco em que fez o empréstimo para conseguir informação”, disse o agente.
Flash de Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação de Lívio Galeno
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