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Em nota, UFPI diz que não há maus tratos a animais

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A Universidade Federal do Piauí (UFPI) divulgou nota à imprensa sobre denúncia de supostos maus tratos a animais durante aula prática da disciplina de Fisiologia Animal do curso de Medicina Veterinária. A instituição afirma que as fotos e vídeos divulgados nas redes sociais não condizem com a realidade das aulas práticas. As denúncias anônimas foram entregues à Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Ordem dos Advogados do Brasil secção Piauí (OAB/PI) no início de julho.

Segundo a nota, a universidade está colaborando com o Ministério Público Federal, que também investiga o caso, e a OAB/PI. Sobre a denúncia de que medicamentos vencidos estariam sendo utilizados nos animais, a UFPI diz que a aula prática foi realizada obedecendo às medidas de segurança e de bem estar animal aprovadas previamente pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da instituição e que os medicamentos utilizados estavam dentro do prazo de validade.

A universidade diz ainda que os cães utilizados nas aulas práticas são cedidos pelo Centro de Zoonoses de Teresina e reitera que os fatos expostos na denúncia não tem nenhuma relação com o Hospital Veterinário Universitário (HVU). 

Veja a nota na íntegra: 


"NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre as denúncias de maus tratos a animais em aulas práticas do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Ministro Petrônio Portella, a Administração Superior da UFPI está colaborando com o Ministério Público do Piauí e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Piauí), na prestação de todas as informações solicitadas.

Esclarece ainda que as fotos divulgadas em redes sociais são de uma aula prática de Fisiologia Animal, disciplina sobre os fundamentos do funcionamento do organismo, base para todos os ramos da Medicina Veterinária. A aula foi realizada no Laboratório de Ciências Fisiológicas, no dia 15 de maio de 2014. Já o vídeo, não condiz com a realidade da prática realizada na aula citada, contendo imagens de procedimentos, como a traqueostomia, que não são realizados pela disciplina, e as características físicas dos animais não correspondem aos utilizados na prática em questão.

A aula prática foi realizada obedecendo às medidas de segurança e de bem estar animal aprovadas previamente pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI. Os medicamentos utilizados foram adequados e indicados pela literatura e estavam todos dentro do prazo de validade. Os equipamentos disponíveis no Laboratório atendem de forma satisfatória às práticas, de acordo com os protocolos desenvolvidos. A prática é conduzida tendo-se o máximo de cuidado no processo de contenção e com a aplicação de todas as manobras invasivas com o animal,conforme protocolo especifico, orientada por um professor ou monitor. Informamos ainda, que a UFPI não dispõe de criatório de cães, os animais são cedidos pelo Centro de Zoonoses de Teresina.

No início de aulas práticas dessa natureza, os alunos recebem um roteiro sobre os procedimentos que serão utilizados e a importância de cada etapa. Na aula em questão, estavam presentes 46 alunos, do terceiro periodo do curso de veterinaria.

Segundo a coordenadora do Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI, Profa Dra Ivete Lopes de Mendonça os professores que utilizam animais vivos ou mortos em aulas práticas, submetem seus roteiros ao citado comitê, no formulário nacional do Conselho Nacional de Experimentação Animal (CONCEA) para apreciação.

A Administração Superior da UFPI e a Coordenação do Curso de Medicina Veterinária reiteram o compromisso com a formação profissional e ética dos seus alunos, com respeito às normas científicas e legais, e, principalmente, respeito à vida e informa que o fato em analise não guarda nenhuma relação com os serviços realizados no Hospital Veterinário Universitário (HVU) dessa Instituição".

Sana Moraes 
[email protected]
 


 

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