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Entidades devem ser livres para emitir carteira de estudante, diz vereador

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Estudantes de diversas escolas de Teresina alegam que a tarifa de R$ 22, cobrada pela Comissão Municipal Expedidora de Identidade Estudantil (Cmeie) para expedição da carteirinha, é um valor muito alto. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (30), o vereador major Paulo Roberto (PRTB) afirmou que o custo é um dos mais elevados em todo o país.

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

Para o vereador, a entidade responsável pela expedição do documento não representa os interesses dos estudantes e por isso é necessário que outras sejam credenciadas para confeccionar a identidade estudantil.

"Essa empresa não representa os estudantes, nunca representou. O que ela fez foi expedir carteira durante 27 anos. Para prestar esse serviço deveria ser uma entidade pública sem fins lucrativos e eles são uma associação privada", ressaltou o major Paulo Roberto.

Depois do protesto feito pelos estudantes nesta semana, a Prefeitura de Teresina autorizou nesta quarta-feira (29) que a Associação Municipal de Estudantes Secundaristas (AMES) passe a emitir carteiras estudantis. Nos próximos dias, serão definidas regras para que outras entidades também possam emitir o documento. 

O vereador major Paulo Roberto defende que os estudantes continuem lutando para conseguir valores mais baixos na tarifa do documento. "Os estudantes de Teresina estão de parabéns por terem tomado essa atitude. E quero dizer a eles que não tirem carteira acima de R$ 10 reais", defendeu.

Outro lado
Em entrevista ao vivo no Jornal do piauí, a CMEIE se posicionou contra a autorização de outras entidades para a expedição da carteira. O diretor presidente da Comissão, Danilo Moraes, afirmou que uma lei de 2008 garante que a CMEIE emita a carteira para os estudantes. 

A comissão reconhece que existem custos, mas afirmam que essas despesas são necessárias para garantir a fiscalização nas escolas. De acordo com a CMEIE, essa fiscalização garante um número real de carteiras de estudantes, evitando uma evasão que seria repassada para a planilha que determina o valor da tarifa na capital. 

"Se você abrir essa concorrência, esse consórcio para as entidades, quem vai fiscalizar? Quem vai saber se aquela pessoa (que tem a carteira) é estudante?" declarou. 

Moraes também garantiu que os estudantes que já pagaram a carteira da CMEIE podem esperar tranquilos que o documento será entregue em mãos. 

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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