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Escombros da caixa d´água que caiu em Água Branca atrapalham volta de morador

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A caixa d’água de concreto que desabou no município de Água Branca (a 98 km de Teresina) além de prejudicar os moradores virou problema no local. Quase seis meses após o rompimento do reservatório, o entulho do acidente continua no terreno do aposentado Luiz Soares Xavier, de 73 anos. O morador falou ao Cidadeverde.com que aguarda desde a época do desmoronamento pela retirada dos escombros de seu terreno.

"Ele chegaram a tirar dois caminhões de entulho, mas nunca mais vieram o resto está aqui. Minha casa foi destruída e nem o terreno eu tenho mais pois está totalmente ocupado pelo entulho", afirmou o aposentado.

Na época do acidente o Ministério Público emitiu uma notificação para a Agespisa que fizesse a retirada dos escombros do local, porém até hoje eles ainda continuam no local. O reservatório desabou na madrugada do dia 6 de fevereiro deste ano.

Luiz afirmou ainda que aguarda o retorno da Agespisa por um acordo informal de que ele receberia uma casa nova com toda a mobília em quatro meses, porém quase seis meses se passaram e o imóvel ainda não foi entregue ao aposentado, que hoje mora em uma casa alugada pela empresa.

"Eu fui prejudicado, meu filho também, mas a principal prejudicada foi minha esposa que por conta do trauma agora está abatida e com problemas de saúde. Não procurei um advogado porque estou esperando o acordo que eles fizeram comigo de quatro meses, mas nada aconteceu", lamentou o idoso.
Relembre o caso

Luiz Soares Xavier estava em sua residência quando foi arrastado pela água, junto com o filho de 14 anos. "Deus me deu a sorte de escapar com meu filho. Isso foi um presente. Eu paro, penso e lembro dos destroços. Fico surpreso por estar vivo. Só Deus faz isso com a gente", disse Luiz, emocionado.

O idoso mora na residência que fica ao lado da caixa d'água. Ele havia acabado de chegar em casa, por volta de 17h30, e conversava, na porta de casa, com um pedreiro, que avisou sobre a rachadura do reservatório. 

"Vi a água chegando e corri para dentro de casa para salvar meu filho. Não tive tempo, a água me arrastou, levei uma pancada na cabeça e cheguei a desmaiar. Eu estava me afogando quando acordei e lembrei do filho. Entrei em desespero e fui procurá-lo. Quando o encontrei, me agarrei com ele", contou o aposentado, que levou quatro pontos na cabeça e está com as mãos e o rosto ferido.

A Agespisa informa em nota que a retirada do entulho gerado pelo desmoronamento do reservatório de Água Branca e a construção de uma nova moradia são de responsabilidade da Prefeitura da cidade e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Os órgãos construíram o reservatório através de convênio firmado em 2003 e a Agespisa passou a operá-lo a partir de 2007.

Equipe do Cidadeverde.com tentou falar com o prefeito Jonas Moura, mas não foi localizado. 

 

Rayldo Pereira

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