João da Cruz
Atualizada às 18h51
A direção da Casa de Custódia confirmou que o pedido de transferência de João da Cruz Nascimento, 31 anos, encontrado na noite desta quarta-feira (17), amordaçado e amarrado na cela onde está preso no Pavilhão I. Dentro de 48 horas ele dever ser levado a outra unidade prisional enquanto aguarda julgamento. Ele é suspeito de pelo menos 30 estupros a mulheres em Teresina.
Agentes penitenciários acharam estranha a movimentação e se dirigiram ao recinto. O diretor administrativo do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, Cleiton Holanda, informou que durante a vistoria João foi encontrado indefeso. “Ele estava no pavilhão I que tem apenas duas celas e é reservado para presos que estão marcados para morrer”, informou.
Após o episódio, o preso foi mantido na recepção da Casa de Custódia. “Ele falou que estão querendo matá-lo. Seria mais uma vítima, mas destaco a coragem dos agentes que entraram e evitaram o pior. Temos que resguardar a vida destas pessoas, mesmo elas sendo criminosas”, informou.
Atualizado ás 14:24
Em entrevista a TV Cidade Verde, o acusado negou que tenha estuprado as mulheres e diz que vive em estado constante de insegurança. "Não tem como dormir tranquilo, você não sabe quem está ali com você e o que está se passando pela cabeça deles. Eles me amarraram e me amordaçaram ainda bem que eu consegui me soltar e bati na sela e os guardas vieram me soltar", afirmou João da Cruz.
O detento afirmou ainda que apenas roubou as vítimas e que a justiça irá comprovar isso. "O que eu fiz foi desumano, mas eu não fazia sexo com elas, na hora o juiz vai ver que eu ia lá e só roubava delas", declarou.
João da Cruz lamentou o fato de não receber visita de familiares. "Queria ver meu pai, minha mãe e minha noiva. Eu ia me casar com ela, queria vê-la e falar algumas coisas, esclarecer, pedir pra ela não me abandonar assim", finalizou.
O diretor da casa de custodia, Dênio Marinho, alertou que o detento está correndo risco de morte, se permanecer encarcerado com outros detentos, e no presídio não há mais capacidade. "Com sorte conseguimos resgata-lo, ele possivelmente ia ser morto. Já solicitamos a transferência dele e recebemos reposta de que provavelmente ele vai ser transferido hoje", informou.
Entenda o caso:
Flash de Yala Sena
Redação Carlos Lustosa Filho
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