A família do jovem estudante de Engenharia Mecânica Ruan Pedreira, morto durante um jogo da copa do mundo no bairro Saci, diz que apoia a exumação do corpo para a realização de novos exames. O procedimento já havia sido solicitado no ano passado, mas encontrava resistência dos familiares que conseguiram barrá-lo. 

 

“A exumação que era pra ter acontecido, mas conseguimos adiar por causa da homenagem da universidade pra ele, na colação de grau da turma onde ele estudava. Sabemos da decisão judicial e não dá pra revogar. Se é pra resolver e solucionar, para prender a pessoa que efetuou o tiro, a gente não se opõe. Mas os pais dele sentem muito”, descreve a prima de Ruan, Jaqueline Nobre. 

“Foi feita a doação dos órgãos. Para mexer novamente, reaviva essa cicatriz que não se fecha nunca. Tudo volta. E parece que sempre acontece nas datas mais marcantes. Meu tio ficou sem o filho no Dia dos Pais, agora essa história próximo ao Dia das Mães. Esperamos só que isso aconteça na próxima semana”, acrescenta Jaqueline, que deve ser a representante da família para acompanhar o procedimento.

O titular do 4º DP, responsável pelas investigações, Danúbio Dias, informou ao CidadeVerde.com que o procedimento servirá para verificar se os fragmentos do projétil que atingiu o crânio da vítima são compatíveis com os fragmentos apreendidos nos autos. Segundo o delegado, a exumação deve ocorrer na próxima semana. Há um mandado de prisão em aberto do suspeito de cometer o crime.

 

Carlos Lustosa Filho
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