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Filme "Irmã Dulce" mostra a trajetória de uma das religiosas mais importantes do país

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Depois de estrear no Norte e no Nordeste, o filme “Irmã Dulce”, entra em circuito nesta quinta-feira (27) no em outras capitais do país. O longa conta a trajetória de uma das religiosas mais importantes do país.

Em Salvador, alguns locais são importantes registros da trajetória da religiosa, como as Obras Sociais da Irmã Dulce, o memorial, túmulo e local de peregrinação, que abrigam, hoje, um dos cinco maiores hospitais do Brasil. 

Nesses locais a história da irmã vive. Uma das histórias mais clássicas, a do galinheiro, é contada no filme. A passagem, diz que logo que começou a recolher pobres pelas ruas e levá-los para o convento onde servia, irmã Dulce (1914-1992) foi reprimida pelas superiores, e não teve alternativa a não ser deixá-los no galinheiro do espaço. 

Relutantes, as madres concordaram, desde que Irmã Dulce encontrasse um novo lugar para as galinhas. Em pouco tempo havia dezenas de doentes abrigados ali, e quando perguntada sobre onde estavam as galinhas, ela respondeu: “Na barriga dos doentes”.

É uma das cenas mais tocantes do filme “Irmã Dulce”. Trata-se da cinebiografia de uma das personalidades religiosas mais importantes do país, que já foi indicada ao Nobel da Paz, beatificada pelo Vaticano e que completaria 100 anos em 2014.

O longa tem direção de Vicente Amorim (“Corações sujos”, “O caminho das nuvens”) e traz as atrizes Bianca Comparato e Regina Braga no papel da protagonista nas fases jovem e adulta, respectivamente.

"São muitas histórias emocionantes na biografia dela, foi difícil escolher entre tantas para amarrar um filme coeso, trabalhamos muito com o roteirista neste sentido. Não dava para ser uma colcha de retalhos de causos", conta Amorim.

Lembrando que teve total liberdade para explorar a biografia de Irmã Dulce, ele afirma: "Construir esta biografia foi um desafio novo: Irmã Dulce não é uma personagem que tenha muitas contradições em si. Mas ela passou por muitos conflitos, muita luta. No filme, a força emocional é o arco de toda a história. Quando você faz uma biografia, o máximo que você pode querer é ser fiel ao caminho do coração do biografado".

“Não é um filme religioso”

Para seguir o “caminho do coração” de Irmã Dulce, o filme foi todo rodado em Salvador, acompanhado de perto pela sobrinha dela, Maria Rita. Que, aliás, foi a primeira a ter a ideia do longa, operação conduzida pela produtora Iafa Britz.

"Vi o filme 11 vezes até ficar pronto, e não encontrei nenhuma ressalva. Não é um filme religioso. Acho que ele consegue passar o que propõe: fazer com que as pessoas saiam da sala com as esperanças renovadas, com a sensação de que é muito simples fazer o bem", diz Maria Rita, que ficou feliz com a boa repercussão que o longa teve dentro da Igreja Católica.

Amorim dá ares de documentário ao filme, usando imagens reais de Irmã Dulce com o Papa João Paulo II, em sua passagem pelo Brasil em 1988. E compara a trajetória dela à do Papa Francisco:

"O que a Dulce praticou de ativismo social é exatamente o que o Papa está pregando agora, ou seja, além de tudo, este filme conta a história de uma mulher à frente do seu tempo", ressaltou.

Fonte: O Globo

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