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Firmino Filho: "Não podemos continuar privilegiando carros"

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Durante abertura do 1º Primeiro Encontro Internacional do projeto Vida no Trânsito, que aconteceu nesta quarta(28), na sede da Fiepi, o prefeito Firmino Filho declarou que Teresina precisa investir no transporte coletivo, entretanto o gestor admitiu que é difícil, fazer isso por conta dos recursos e de uma cultura brasileira de culto aos automóveis. 

Fotos: Raoni Barbosa/Cidade Verde

“No Brasil, o carro é símbolo de status e as pessoas acreditam que não precisam respeitar as leis de trânsito. É preciso que pensemos a cidade que queremos e queremos cidades que priorizem o individuo não motorizado e o coletivo”, declarou. 


Firmino disse que nos últimos 12 anos, o número de veículos em Teresina saltou de 120 mil para 360 mil unidades, muito influenciado pela política de redução de IPI do governo federal, que segundo o gestor, levou mais veículos às ruas e menos impostos aos cofres públicos.   

“Em 2009, fizemos o plano diretor de transporte público e estamos buscando financiamento do governo federal, mas estamos muito dependentes dele, já que os municípios não têm como investirem sozinhos”, afirmou Firmino.


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Números
Segundo o relatório do Projeto Vida no Trânsito, elaborados pela Prefeitura de Teresina, com dados de 2013, 66,5% (543) das vítimas de acidentes de trânsito graves na capital eram motociclistas. A motocicleta ocasionou 71 mortes fatais no trânsito, o correspondente à 48,3% do total.

Outro dado que chama atenção no relatório é que, 21,8% dos acidentes de trânsito graves, envolvendo motociclistas, estava associado ao consumo de bebida alcoólica. Quando se refere aos acidentes que tiveram vítimas fatais, 25,2% das vítimas estavam sem o capacete e outros 11,6% tinham ingerido bebidas alcoólicas.

Em Teresina, a taxa de mortalidade por acidente de trânsito é de 21,4 por cada grupo de mil habitantes. Em 2013, foram contabilizadas 1499 internações por acidentes de transporte terrestre, com aumento no período de 2010 a 2013 em torno de 12,71%. Somente no ano passado, foram gastos, com internações, recursos da ordem de R$ 1.830.563,71 do SUS.

Número de óbitos por acidente por grupo de causas com ocorrência em Teresina, em 2013:
Pedestre – 31 – 17,3%
Ciclista – 5 – 2,8%
Motociclista – 68 – 38%
Ocupante do automóvel – 16 – 8,9%
Outros/Não especificado – 59 – 33%



Flash de Carlos Lustosa
Redação Caroline Oliveira
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