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"Foi um demônio quem fez isso", desabafa pai de vítima da barbárie em Castelo do Piauí

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Atualizada às 19h21

O pai de uma das quatro adolescentes que foram vítimas de estupro e diversas agressões em Castelo do Piauí, município a 190 km da capital, afirmou que a filha já está se recuperando e consegue se comunicar com a família. Em entrevista para o Cidadeverde.com no final da tarde desta sexta-feira (29), o pai da vítima declarou ainda que os suspeitos não são humanos pelo que fizeram com elas.

Foto: Cidadeverde.com

Pai visitou a filha de 17 anos no HUT no final da tarde desta sexta-feira. Seu nome deve ser preservado assim com o da jovem, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente 

"Não foi gente não, foi um demônio quem fez isso", lamentou o pai. Ele informou que sua filha e outra vítima estão em observação na enfermaria do Hospital de Urgência de Teresina. A jovem de 17 anos está reagindo bem ao tratamento. "O alívio para mim foi elas terem nascido de novo e com fé em Deus elas vão ficar bem", completou.

O pai conta que a adolescente já consegue se comunicar com a família digitando no aparelho celular. "Ela não consegue falar devido aos machucados no rosto, mas já está digitando no celular. Ela me pediu o celular dela, mas eu disse que ainda não encontramos e que ia à loja comprar outro, ai ela digitou no meu: 'agora não pai depois vou com o senhor'".

Suspeitos
Quatro dos cinco suspeitos de violentar as quatro garotas já estão internados provisoriamente, por serem menores infratores. O promotor Cesário Cavalcante, que atua em Castelo do Piauí, declarou que no prazo máximo de 10 dias poderá entrar com representação contra os adolescentes.

O único suspeito que ainda encontrava-se foragido, identificado como Adão, é maior de idade e poderá ser condenado a até 40 anos de prisão somente pelo crime de estupro, além dos outros crimes, como tentativa de homicídio qualificado e associação criminosa e ainda por fornecer substância que cause dependência psíquica aos menores infratores. Ele foi preso no início da noite desta sexta-feira em Campo Maior

"Eu soube que ele já foi visto em Castelo hoje, uma cliente minha o viu passando em frente à casa dela, mas a polícia só veio chegar hoje. Em Castelo não tinha polícia, eu conhecia esses meninos de vista e sabia que eles já tinha praticados crimes, mas não tinha quem os prendessem", ressaltou o pai entrevistado pelo Cidadeverde.com.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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