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Gasto para disputa a presidente é 382% maior que custo de 1994

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O limite de despesas de R$ 916 milhões para as campanhas deste ano registrados pelos 11 candidatos à Presidência representa um aumento de 382% em relação à disputa de 1994, a primeira na qual empresas puderam financiar as campanhas. Na ocasião, os oito postulantes ao Palácio do Planalto gastaram R$ 190 milhões em valores atualizados. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.

O custo das eleições presidenciais entre 1994 e 2010 cresceu 85%, de R$ 190 milhões para R$ 352 milhões. O teto estipulado pelos partidos em 2014 representa um aumento de 1.138%, se comparado com a eleição de 1989, quando as doações de pessoas jurídicas eram proibidas por lei e 17 dos 22 candidatos registraram gastos de R$ 74 milhões em valores de hoje. 

O eleitorado brasileiro dobrou no mesmo período dos 70 milhões que foram às urnas em 1989 para 142 milhões aptos a votar no dia 5 de outubro. Em 25 anos de eleições diretas para presidente, apenas a campanha de 1998, na qual Fernando Henrique Cardoso (PSDB) liderou com folga a corrida pela reeleição, teve um valor abaixo da disputa anterior - R$ 138 milhões. 

De acordo com levantamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), todas as seis eleições presidenciais mostram que, desde a redemocratização, o candidato que declarou mais gastos terminou eleito. Entre os motivos para o encarecimento das campanhas presidenciais estão a profissionalização das equipes; a substituição dos tradicionais comícios pelos palanques eletrônicos e a consequente dependência de equipamentos caros e sofisticados; a prevalência das pesquisas qualitativas sobre a intuição política; o protagonismo dos marqueteiros; a troca da militância por cabos eleitorais pagos; e até o risco de inadimplência.

Fonte: Terra

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