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Governo analisará necessidade de Exército em presídios do PI

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O presidente Michel Temer (PMDB) assinou um decreto anunciando que as Forças Armadas podem ser utilizadas pelos governos estaduais para fazer operações de segurança em presídios, atuando na realização de vistorias. O secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (18) ao Cidadeverde.com que irá, antes de tudo, dialogar com o secretário de Segurança e o comandante da Polícia no Estado para depois levar o tema ao conhecimento do governador Wellington Dias (PT), com alguma estratégia definida para que possa ser analisada em conjunto.

Daniel Oliveira disse que é bem vinda a notícia e que as Forças Armadas podem ser úteis desde que a ideia seja bem trabalhada. O secretário adiantou que acredita que o auxílio das tropas não seja necessário para a realização de vistorias, porque esse é um trabalho já bem executado pelos agentes penitenciários no Estado. 

“Dependendo da forma que as forças armadas forem usadas, elas podem ser úteis sim, se forem para somar esforços. No caso das vistorias, como ela já é feita pelos agentes penitenciários, acredito que as Forças podem atuar melhor de outra forma, como na segurança do perímetro externo, na proteção das guaritas, por exemplo”, avaliou o secretário. 

De acordo com ele, é preciso analisar a real necessidade da utilização das tropas no Estado. “Por exemplo, se for para fazer vistorias surpresa, acredito também que não haja necessidade porque são feitas regularmente pelos nossos agentes”, declarou.

O decreto de Temer foi publicado no Diário Oficial da União dessa terça-feira e de acordo com o texto, as forças da Marinha e Exército tem a permissão de entrar para atuar nos presídios fazendo inspeções de rotina. O documento estabelece um prazo de de 12 meses para a utilização das tropas nesse trabalho.

O secretário reforçou que se reunirá com Wellington Dias antes e que só depois poderá se manifestar melhor e como definições sobre a assunto.

“Vou me reunir primeiro com a equipe para levar o tema ao governador. Só vou me manifestar depois. Precisamos antes também, avaliar, discutir e apresentar uma proposta viável. Vou me reunir com o secretário de Segurança, Fábio Abreu, com o comandante da Polícia e ver uma estratégia em conjunto para que possamos agir, sobretudo após tratar com o governador”.

 

Lyza Freitas
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