Cidadeverde.com

Governo diz que reajuste total levaria Estado à inadimplência no 2º semestre

Imprimir

O Secretário de Governo Merlong Solano acredita que haverá senso de responsabilidade das forças de segurança diante da nova proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo, nesta segunda-feira (25). O gestor reforça que o Estado não tem condições financeiras de cumprir a lei estadual aprovada em 2012 e que, dos valores acordados, apenas 50% podem ser pagos no mês de maio, o que corresponde a um aumento em média de R$ 750 no contracheque. A outra metade seria concedida no mês de fevereiro.

“Espero que as categorias aceitem essa nova proposta. É legítimo e importante fazer greve, mas há circunstâncias em que é preciso observar não só as especificidades da categoria, mas também a situação da sociedade. Eles têm direito ao aumento total, porém isso não é possível. Chegamos no limite que o governo podia fazer”, disse Solano. 

O secretário frisa que as negociações têm avançado e apesar de não ser possível a concessão total dos reajustes salariais, algumas reivindicações já foram atendidas. “Concedemos metade das promoções, os delegados responderão por no máximo duas cidades, os peritos terão gratificações. Procuramos dentro das condições do Estado ajustar e atender parte das reivindicações para evitar a greve”, elenca. 

Sobre a provocação de deputados estaduais ao Tribunal de Contas do Estado sobre a real situação financeira, Merlong Solano reafirma que a concessão total dos reajustes salariais previstos em lei levaria o Estado à inadimplência no segundo semestre. O gestor é enfático ao afirmar que o Governo não tomará nenhuma medida que inviabilize a atual administração e se necessário, Wellington Dias recorrerá ao Governo Federal. 

“Temos gente muito qualificada na Fazenda e na área da Administração. Eu mesmo sou economista e sei fazer contas também. Não há dúvidas. Se o aumento fosse concedido na totalidade, nos meses de maio e novembro, chegaríamos no segundo semestre nas raias da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A folha tem crescimento vegetativo. Ainda hoje trabalhamos com a possibilidade de entendimento, porém não temos mais o que oferecer. No entanto, estamos abertos ao diálogo e continuamos apostando no bom senso. 

 

 

Graciane Sousa
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais