Cidadeverde.com

Governo vai contingenciar despesas por conta da crise, admite Rafael Fonteles

Imprimir

O secretário estadual de Fazenda, Rafael Fonteles, admitiu nesta terça-feira (19) que além da redução nos reajustes salariais previstos em lei, o governo do estado vai começar a cortar suas próprias despesas para garantir recursos em meio a crise econômica.

Fotos: Wilson Filho/Cidade Verde 

"O cenário não está simples. Vamos começar a fazer contingenciamento no custeio dos órgãos e reduzir ao máximo o pagamento de despesas anteriores", afirmou Fonteles em entrevista no Jornal do Piauí. 

Fonteles afirmou que o governo está se organizando, com ações que tenham repercussão positiva na economia a partir do próximo ano. Entre as medidas está o programa de refinanciamento de débitos tributários (Refis), que começa na próxima semana e dará prazo de 120 meses para renegociamento. 

Além disso, o estado espera arrecadar mais com a campanha CPF na Nota, que terá início em julho e possibilitará ao cidadão receber semestralmente parte do imposto pago em produtos, além de premiações que poderão chegar a R$ 50 mil. Rafael Fonteles acredita que o "incremento na arrecadação será significativo" com a campanha.

Reajuste
Rafael Fonteles reafirmou que o reajuste salarial a ser concedido para os policiais militares ficaria acima até do esforço que o governo faz para ter sobra de caixa para outras despesas. Essa sobra chega a R$ 15 milhões. O reajuste chegaria a R$ 17 milhões se não fosse pago pela metade. 

O secretário de fazenda declarou ainda que os reajustes previstos em lei até dezembro somariam R$ 27 milhões. O governo não vê outra saída para cumprir o limite de gastos com pessoal da lei de responsabilidade fiscal que não seja o adiamento dos aumentos salariais. 

"São direitos dos servidores, mas a realidade econômica é diferente da do ano que isso foi aprovado. O cenário econômico mudou", disse o secretário. "Já é uma herança que a gente recebeu e nesse cenário econômico nacional de crise isso termina gerando preocupação e medidas enérgicas, duras, para não atrapalhar aquilo que é essencial, o que o estado não pode deixar de fazer". 

Fábio Lima
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais