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Heráclito critica Dilma: "Governo esclerozou-se e Parlamento está sem líder"

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Fotos: Wilson Filho / Cidadeverde.com

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB), ao avaliar os 100 dias da nova gestão de Dilma Rousseff (PT), declarou que o governo "esclerozou-se" e que o Parlamento está sem liderança. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (1º), o político disse ainda que a oposição está "confortável".

"A avaliação do governo Dilma é negativa. O governo esclerozou-se. Em 100 dias perdeu três ministros. Falta articulação política. A oposição sempre tinha um canal de diálogo, mas agora não tem mais. A liderança do Parlamento está fraca. É preciso que o governo mude imediatamente este momento político", argumentou o deputado.

Heráclito afirmou ainda que a oposição não está atacando o governo e não é responsável pelos atuais problemas. "Os atacadores estão no governo. A oposição não criou embaraços e está em uma situação confortável porque o próprio governo está se embananando", completou.

Governo de Wellington Dias

O deputado federal também comentou sobre o governo de Wellington Dias (PT). Ele disse não saber se acredita que o Estado não tenha problemas. "Pelo que se tem visto, o Piauí é o melhor do Brasil. Aí vem a contradição. Se 7 entre 10 piauienses sobrevivem de programas sociais, temos uma situação grave. O programa social é a uma porta de entrada, mas tem que haver uma saída. Eu fico sem saber no que acreditar: se no mar de rosas ou nessa situação preocupante", ponderou.

Projetos

Heráclito destacou que nesta segunda-feira (6) dará entrada em um projeto para transferir terrenos de posse da Marinha para os municípios. "A burocracia não permite que se trabalhe nessas áreas. No Rio de Janeiro, por exemplo, 45% das favelas e invasões são em terrenos da Marinha. Não tem sentido, temos que enfrentar isso", defendeu.

Considerando seus 75 dias de mandato como produtivos, o parlamentar disse ainda que é contra os juros cobrados pelo INSS aos municípios. "Estamos trabalhando contra isso, porque o INSS passou a ser o grande agiota do Brasil, praticando juros altos em cima dos prefeitos. O ideal é zerar isso, porque só cria constrangimentos aos gestores municipais, que ficam sem ter como administrar", finalizou.

 

Jordana Cury
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