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Hospital faz festa para bebê que mora na UTI com doença rara

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  • IMG_7966.jpg Iolanda Marques, técnica em enfermagem, organizou a festa no HUT
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  • IMG_7952.jpg Iohanda nasceu com a síndrome Dandy Walker
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Balões, flores, bombons, com decoração rosa e com coroas de princesa, uma velinha de 2 anos, e uns parabéns bem rapidinho. Essa é a festa de aniversário de Iohanda Vitória Alves Barbosa que ocorre nesta quarta-feira(04) no corredor da Unidade de Terapia Intensiva da clínica pediatra do Hospital de Urgências de Teresina (HUT). 

A garotinha que tem síndrome de Dandy Walker (uma má formação congênita do cerebelo e os fluidos que rodeiam) está no hospital desde julho de 2013, quando tinha dois meses. Os pais são de Pedro II (a 195 km de Teresina). 

A festa de Iohanda foi organizada pela técnica de enfermagem do HUT e quase xará da bebê, Iolanda Camilo S Marques, que também é conhecida como a mãe adotiva da criança. 

“Eu percebi que todas as datas comemorativas ela passava sozinha, porque os pais moram longe e têm outros filhos para cuidar, por isso desde o aniversário de um ano dela eu penso em fazer essa festa e tive o apoio de todo mundo da equipe de UTI, até das unidades de adultos. E conseguimos fazer essa decoração para ela sentir que gostamos muito dela”, afirmou a técnica de enfermagem. 

Para Iolanda, é muito gratificante cuidar de uma criança especial como Iohanda. “E com o apego que tenho a esses pequenos é mais gratificante ainda. Eu percebo que ela abre um olhinho. Quando está se mexendo, converso no ouvido dela e ela fica quietinha, eu acredito que sim. Por conta das festas ela estava agitada e teve várias paradas cardíacas, saturou, ficou isquêmica, mas Graças a Deus, tudo se resolveu e ela está aqui linda, para a festa”, revelou a servidora. 

De acordo com o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque, a má formação cerebral da criança a impede de respirar e por isso necessita de aparelhos. “Essa síndrome além de atrofiar o cérebro leva a insuficiência respiratória e por isso ela necessita de aparelhos 24 horas por dia”, destacou.  

Sete crianças moram no HUT

Além de Iohanda Vitória, mais sete crianças moram no HUT, sendo dois homens e cinco mulheres. O mais novo tem 10 meses e a mais velha 5 anos. “A Rafaela, que mora aqui desde a inauguração do hospital, é de Luís Correia e agora saiu da UTI e está na clínica pediátrica, estamos fazendo uma experiência”, explicou o diretor do HUT. 

Ele afirma que não há uma previsão de alta e de expectativa de vida para essas crianças. “O que fazemos aqui é dar assistência o máximo de tempo possível para que fiquem vivos”, afirmou Gilberto Albuquerque. Cada criança custa R$ 90 mil ao hospital. 

Família  

Como a maioria das crianças é do interior do Estado, os pais têm dificuldades de visitas. “Uma mãe morou aqui por dois anos, ela é de Barras, agora que conseguiu alugar uma casa. Outros passam mais tempo para vir, porque têm outros filhos, são carentes e não têm como se mudar para cá. A gente entende e por isso adotamos para que não fiquem sem amor”, disse Iolanda.


Caroline Oliveira
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