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Identificação de mulheres vítimas de tragédia pode demorar até três meses

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  • IMG_5473.jpg Parentes de vítimas no IML buscam por informações
    Wilson Filho
  • IMG_5466.jpg José Bezerra, uma das vítimas da tragédia, ia para velório de irmã no Ceará
    Wilson Filho
  • IMG_5460.jpg Irmã e tio de Flaviana aguardam no IML pela identificação do corpo
    Wilson Filho
  • IMG_5451.jpg Miguel, sobrinho de José Bezerra, estava no velório da mãe quando soube da morte do tio
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  • IMG_5434.jpg Eliene a espera da liberação do corpo do irmão Wilton, no IML
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  • IMG_5431.jpg Funcionário da pensão que ajuda a família da pequena Maria Vitória
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  • IMG_5427.jpg Wilton, o pedreiro que morreu na tragédia, jogou filha do ônibus e a salvou
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  • IMG_5426.jpg Eliene veio do Maranhão com foto do irmão Wilton, que morreu na tragédia
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  • IMG_5405.jpg Tio de Flaviana, Francisco espera identificação da sobrinha
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  • IMG_5392.jpg Francisco mostra foto da sobrinha Flaviana, que estaria no ônibus
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  • IMG_5390.jpg Flaviana (de azul) estaria no ônibus da Transbrasiliana
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  • IMG_5382.jpg Eliene veio de Balsas (MA) para levar o corpo do irmão Wilton
    Wilson Filho

Ampliada às 12h50 (horário local)

O diretor do Instituto Médico Legal de Teresina (PI), Antônio Nunes, informou os três corpos que ainda estão no IML da tragédia da BR-316 só deverão ser liberados após exames de DNA. Além dos corpos das duas mulheres, o corpo de um homem também será preciso, já que não há nenhuma característica física que consiga diferenciá-los. O resultado pode levar de um a três meses para ser divulgado. 

Nesta manhã, o IML conseguiu liberar o corpo de Wilton da Silva Abreu, 28 anos, pai da Maria Vitória, 5 anos, que sobreviveu, por conta de uma falha na arcada dentária. Os restos mortais de José Bezerra Neto, 63 anos, que também teria possibilidade de ser reconhecido, por uma deficiência na mão, não foi, porque essa característica não foi encontrada junto ao corpo.

Segundo Antônio Nunes, o resultado do exame pode demorar de um a três meses, já que mesmo a família informando que as vítimas estavam com pertences pessoais, não foi possível diferenciar os corpos. 

"Vocês da televisão pensam que resultado de DNA é muito rápido, mas não é uma coisa simples. Na realidade, demora de um a três meses. Nunca é rápido. Estamos na expectativa para que o material colhido seja levado para o Instituto Nacional de Criminalística em Brasília", afirmou o diretor do IML.

Foram colhidos o material da filha de Flaviana da Silva Sousa ainda na noite de ontem. Também foi obtido material da filha de Ana Silva e sua irmã, que vieram de Tarso Fragoso (MA) em busca notícias dela, que está desaparecida. E do irmão de José Bezerra que também está em Teresina, junto com o sobrinho Miguel Bezerra. 

Além dos cadáveres, pedaços de corpos encontrados pelos peritos também passarão pelo exame de DNA para confirmar a qual corpo pertence. “É uma questão técnico científica e mesmo se tivéssemos o laboratório funcionando iria demorar , porque estatística e não tem como sair antes”, ressaltou. 

Dificuldade

O diretor do IML informou que há uma dificuldade de identificação maior que os últimos dois acidentes aéreos que ocorreram no Estado e que as vítimas também ficaram carbonizadas. “Esse demandou um maior esforço e foi mais difícil primeiro porque nos acidentes aéreos a lista de passageiros é fechada, isso facilita e também porque os corpos estavam em melhor estado”, afirmou Nunes. 

Na identificação dos corpos cerca de 30 profissionais entre médicos legistas, criminalistas e odontológicos ajudaram. “Tivemos a cooperação de peritos de folga que a gente convocou e correram para ajudar. Temos 19 médicos legistas e pouco mais de 50 criminais em Teresina e no Estado 90, então quase todos vieram”, destacou o diretor do IML.

Família do Maranhão busca possível vítima que não está em lista
Familiares de Ana Silva Oliveira, 51 anos, possível passageira do ônibus da Transbrasiliana, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) a procura de seu corpo. Segundo eles, ela teria embarcado em Balsas (MA) na poltrona número 6, que estava sendo ocupada por um homem.

"Quando minha tia foi comprar a passagem, já estava completa (a lotação). Mas um homem desistiu e ela ocupou o lugar dele. Ela entrou no ônibus por volta da meia noite, em Balsas (MA), e 7h da manhã o filho dela falou com ela, e ela disse que estava em Floriano e estava bem. Depois disso, não apareceu", conta o sobrinho de Ana Silva, que não quis se identificar. 

Segundo o sobrinho, Ana Silva mora em Tarso Fragoso, no Maranhão, e vinha a Teresina (PI) visitar a filha Eliana Silva Barreira. 

O representante da empresa Transbrasiliana, Idelmar, que está no IML fazendo acompanhamento das famílias, ficou surpreso com mais essa passageira, que não estava na lista da empresa. Ele pegou os dados com a família para checar a informação, mas não se pronunciou a respeito. 

Como os dois corpos femininos que estão no necrotério do IML terão que passar por DNA, a família de Ana Silva busca uma maneira de ter certeza que ela estava no ônibus. Eles tentarão entrar em contato com os sobreviventes para mostrar uma foto e tentar o reconhecimento. 

"O DNA é uma tortura muito grande. Temos pelo menos que ter certeza que ela estava nesse ônibus", acrescentou o sobrinho de Ana Silva. 

Três dos sete corpos de vítimas da tragédia foram liberados pelo IML na manhã desta terça-feira. Entre eles estão os dos motoristas do caminhão e do ônibus que colidiram na BR-316. O terceiro corpo é do filho de outro motorista do ônibus, que sobreviveu está internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

Caroline Oliveira (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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