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Jogador inglês banca cirurgia dá sobrevida à carreira de colega

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Como em qualquer profissão, a de jogador de futebol tem entre seus profissionais pessoas corporativistas, que entendem de maneira ímpar as coisas pelas quais passam seus colegas e empatizam com situações que sabem que seriam terríveis se acontecessem com eles próprios. Danny Graham, atacante do Sunderland, é uma dessas pessoas. Nascido em Gateshead, o jogador, que atua na Premier League, não esqueceu suas origens. Ao ver que JJ O’Donnell, atleta do Gateshead FC, precisava de dinheiro para financiar um tratamento que pode salvar sua carreira, Graham interveio e ajudou a completar a quantia necessária para o procedimento.

O’Donnell, meio-campista do Gateshead FC, da quinta divisão inglesa, foi diagnosticado com sesamoidite, doença que causa inflamação abaixo dos ossos dos dedos do pé. Vendo a carreira do atleta ameaçada, o clube tentou bancar o tratamento, mas não tinha condições. Foi então que os torcedores da modesta equipe se juntaram e, no dia 2 de maio, lançaram uma campanha de arrecadação de fundos para levantar as £ 7 mil necessárias. O valor foi atingido na segunda-feira (19), com a doação de £ 2,7 mil de Danny Graham.

O atacante do Sunderland sequer conhecia O’Donnell, mas, diante da repercussão da vaquinha organizada pelos torcedores do clube da cidade em que nasceu, decidiu contribuir. Em sua conta no Twitter, o atleta semiprofissional demonstrou sua imensa gratidão pelo gesto do companheiro de profissão, mas sem desmerecer as outras doações ainda mais importantes.

“Três semanas atrás, eu estava completamente perdido e sem esperança. Serei para sempre grato pela contribuição e aprecio cada centavo. Não estou destacando o Danny entre todas as pessoas que contribuíram. (Sem elas) Eu não teria alcançado meu objetivo. Mas uma doação como essa (de Graham) me deixou sem palavras. Jogadores da Premier League são muito criticados em relação a serem exemplos, mas isso mostra o quão exemplar alguém pode ser”, comentou O’Donnell.

“Esta operação é a última chance para mim. Jogar futebol é tudo para mim. É tudo que eu soube fazer desde os sete anos. É minha vida. É um bom estilo de vida, privilegiado, mas para mim é minha vida. Vivo, respiro e durmo futebol. Não poder pisar mais em um gramado seria a coisa mais difícil para mim”, completou, em declaração publicada pelo jornal Daily Mirror.

Apesar da alegria pelo dinheiro arrecadado, O’Donnell mantém os pés no chão. Afinal, mesmo com a operação possibilitada pela campanha de doação, as chances de que o atleta volte a jogar são de 50%. Um número que pode tanto ser positivo quanto negativo, dependendo da perspectiva de quem olha. Depois de tamanha demonstração de carinho de seus torcedores e de empatia de Graham, certamente é um copo meio cheio para o jogador do Gateshead.

Fonte: Trivela

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