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Juiz suspende julgamento de Correia Lima em Redenção do Gurgueia

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O juiz da Comarca de Redenção do Gurgueia, município localizado a 691 km ao sul de Teresina, suspendeu o julgamento do ex-coronel da Polícia Militar do Piauí, José Viriato Correia Lima, marcado para o dia 28 de maio. Correia Lima seria julgado pela morte de Claudemir Antônio França, o Mauro Gaúcho, ocorrida em 11 de junho de 1998 na zona rural da cidade.

Segundo a defesa do ex-coronel, a medida foi motivada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que beneficiou, ainda em 2007, Francisco Domingos de Souza, o ex-policial civil Domingão. O STJ anulou a sentença de pronúncia do processo que apura o homicídio de Mauro Gaúcho. Domingão e o irmão do ex-coronel, soldado José Correia Braga Neto, o Zé Correia, também seriam julgados no dia 28.

“Ocorre que até a presente data, o Poder Judiciário de Redenção do Gurguéia ainda não tinha elaborado uma nova sentença de pronúncia”, disse o advogado de Correia Lima, Luis Augusto Oliveira.

Para o advogado, a demora é intencional e tem o objetivo de levar o ex-coronel a julgamento em todos os processos pendentes. “E somar todas suas penas, para tão somente saber quando Correia Lima deverá ser solto”, afirma Luís Augusto, que também é advogado de José Correia Braga Neto.

“Quanto a ele, a defesa não tem pressa em levá-lo a julgamento tendo em vista que o mesmo está em liberdade e exercendo suas atividades na Polícia Militar do Piauí”, disse o advogado.

Mauro Gaúcho foi morto com um tiro de escopeta calibre 12 e teve o corpo carbonizado numa fogueira de pneus. Correia Lima, que cumpre pena desde 1999 após ser acusado de comandar o crime organizado no Piauí, é acusado de ser o autor intelectual do homicídio. 

É atribuído ao grupo do ex-coronel os crimes de homicídio qualificado, destruição de cadáver e constrangimento ilegal. Gaúcho teria sido assassinado pelo desviado uma carga roubada do grupo. 

Correia Lima ainda deve ser julgado pelos homicídios do engenheiro José Ferreira Castelo Branco Filho, do soldado José Honório Barros Rodrigues e de seu tio Sinval Correia Braga.

Hérlon Moraes
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